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Venezuela discute se Bolívar foi amamentado por cubana

FABIANO MAISONNAVE DE SÃO PAULO

Foi uma cubana quem amamentou o líder da independência venezuelana, Simón Bolívar (1783-1830), nos seus primeiros dias de vida?

A minúcia parece mais assunto de biógrafos do "libertador". Mas um trecho de livro didático do Ministério da Educação em que está escrito que ele foi nutrido por leite cubano vem causando controvérsia.

No relato consagrado de sua infância, Bolívar não pôde ser amamentado pela mãe, doente, e a tarefa foi assumida por uma escrava, conhecida como Negra Hipólita, bastante celebrada no país.

Na versão que aparece no livro didático, antes de ser entregue a Hipólita, o futuro herói venezuelano foi amamentado por "uma nativa cubana, amiga da mãe", identificada como Inés Mancebo.

"Símon Bolívar tratou as duas por toda a vida com especial amor", diz o texto.

O livro ainda não foi distribuído, e o governo não se pronunciou sobre o assunto.

A passagem reacendeu acusações de que o governo está doutrinando alunos da rede pública, cujos livros didáticos incluem imagens do presidente Hugo Chávez, morto no ano passado, e elogios ao modelo socialista.

Ao site "Prodavinci", o reputado historiador Elías Pino afirma que, de fato, "Simoncito foi amamentado por uma senhora chamada Inés Mancebo", mas que a "procedência geográfica dessa teta [é] pouco conhecida".

Na entrevista, compartilhada mais de 4.000 vezes nas redes sociais, Pino disse que a passagem é "um vínculo bizarro que se quer estabelecer entre Bolívar e Cuba. Que a tentativa se dê em um manual para estudantes é um despropósito".

Outras reações foram bem-humoradas. Em alusão ao desabastecimento de produtos básicos, o blogueiro Juan Cristobal Nagel, do "Caracas Chronicles", concluiu que "a Venezuela está importando leite desde o século 18".


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