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EUA e Europa aplicam novas sanções para tentar forçar Rússia a negociar

Casa Branca diz que Putin descumpriu pacto ao permitir avanço de separatistas na Ucrânia

Foram punidas pessoas e empresas ligadas a Putin; prefeito do leste ucraniano é ferido em um ataque armado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em mais uma manobra para conter a influência da Rússia nos movimentos separatistas do leste da Ucrânia, os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram novas sanções contra pessoas e empresas ligadas ao presidente Vladimir Putin.

Os EUA anunciaram punições contra 17 empresas e sete pessoas físicas. Já o bloco europeu aplicou sanções a 15 indivíduos.

Em março, 11 pessoas já haviam sofrido sanção por parte dos EUA, e 21 pela UE.

Dentre os indivíduos punidos pelos americanos ontem estão funcionários do governo como Igor Sechin, presidente da petroleira russa Rosneft, e Sergei Chemezov, presidente da companhia de alta tecnologia estatal Rostec.

Já as empresas atingidas são de amigos de Putin, como Gennady Timchenko, dono de 11 companhias que estão na lista divulgada ontem pelo governo americano.

Timchenko é um dos fundadores do Grupo Gunvor, onde o Departamento do Tesouro americano diz que está a maioria dos ativos financeiros não declarados de Putin. A empresa nega qualquer ligação com o líder russo.

Os indivíduos punidos estão proibidos de fazer transações financeiras com empresas americanas e tiveram todos os seus ativos no país bloqueados, assim como os vistos de entrada nos Estados Unidos cassados.

O bloqueio financeiro também se aplica às empresas. Os Estados Unidos cancelaram ainda a exportação de produtos de alta tecnologia que podem ser usados para as atividades militares russas.

Em viagem às Filipinas, o presidente Barack Obama disse que as sanções são mais uma tentativa para forçar Putin a negociar, embora tenha mostrado ceticismo. "Nós não sabemos ainda se isso funcionará", afirmou, sinalizando que pode aplicar novas punições.

O vice-chanceler russo, Sergei Rybakov, condenou as medidas. "Elas não apenas falham em corresponder às normas de interação civilizada entre Estados, mas também contradizem as exigências do direito internacional".

As sanções, porém, não provocaram movimentos bruscos no mercado financeiro. As ações da Rosneft caíram 1,71%, e a Bolsa de Moscou fechou em alta de 0,65%.

A petroleira britânica BP, que tem 19,75% da Rosneft, disse que não pretende retirar investimentos da Rússia no momento. A americana ExxonMobil, que também investe na petroleira russa, ainda não se pronunciou.

SEPARATISMO

Mais cedo, a Casa Branca disse que as sanções são uma resposta ao descumprimento por parte da Rússia do acordo de paz assinado com a Ucrânia, em 17 de abril.

O pacto previa que Moscou usasse sua influência para dispersar os separatistas que ocupam prédios de cidades do leste ucraniano e retirasse as tropas da região de fronteira, o que não aconteceu.

Ontem, o prefeito de Kharkov, Gennady Kernes, foi gravemente ferido por um disparo enquanto andava de bicicleta em uma rua da cidade.

Kernes, 54, é do Partido das Regiões, do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, um aliado de Putin.

A derrubada dele, após manifestações de rua em fevereiro, deflagrou o movimento separatista.


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