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ONG diz que governo de Nicolás Maduro viola direitos humanos
Rejeição a presidente sobe para 59,2% em abril, afirma pesquisa
Para governo, críticas integram 'plano' para desestabilizar Maduro; sem papel, jornal se declara em emergência
A ONG Human Rights Watch (HRW) divulgou ontem relatório em que denuncia violações de direitos humanos praticadas por forças de segurança da Venezuela nos protestos que deixaram, desde fevereiro, ao menos 41 mortos.
Também ontem, pesquisa do instituto Datanálisis mostrou que a rejeição à gestão do presidente Nicolás Maduro subiu de 44,6% em novembro para mais da metade da população (59,2%) em abril.
A HRW relata 45 casos de abuso policial e do governo contra mais de 150 pessoas em três Estados e na capital, Caracas, incluindo agressões físicas graves, uso de munição letal contra manifestantes desarmados, prisões arbitrárias, tortura de presos e ausência do devido processo legal.
Nas manifestações, as violações mais graves foram a negativa ou demora para socorrer feridos, como manifestantes atingidos por balas de borracha ou que tiveram pernas e braços quebrados. O governo também é responsabilizado por permitir que milícias chavistas ajam armadas.
A investigação se baseou em fotos, laudos médicos e decisões judiciais recolhidos em março de 2014. O relatório cita, ainda, tentativas de impedir o registro de protestos por ativistas e jornalistas.
O governo diz que críticas de entidades internacionais são parte de um plano para desestabilizar Maduro.
O Itamaraty informou que não há confirmação de brasileiros entre os 58 estrangeiros presos sob suspeita de incitar a violência em protestos contra o governo venezuelano.
ACABOU O PAPEL
Ontem, o "El Universal", um dos principais jornais da Venezuela, declarou-se em emergência por falta de papel. O diário reduziu sua edição impressa a dois cadernos de oito páginas, mantendo algumas seções só na internet.