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Caracas passará por racionamento de água

Devido a seca, governo fecha reservatório e fará rodízio no fornecimento

Estudantes protestam contra detenção de 11 universitários em ato e entram em confronto com grupos chavistas

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Venezuela anunciou ontem um racionamento de água em Caracas devido à seca que atinge o país desde dezembro, que pode durar até quatro meses.

O desabastecimento deve aumentar a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro, que desde abril enfrenta protestos que deixaram pelo menos 41 mortos e 785 feridos.

O ministro do Ambiente, Miguel Leonardo Rodríguez, disse que um dos três reservatórios que atendem à cidade foi fechado devido à estiagem, reduzindo em 13% a vazão de água para o consumo.

Para lidar com a falta de água, o ministro anunciou o chamado "plano especial de abastecimento", que dividirá os bairros da cidade em grupos para o fornecimento de água. Ele evitou usar a palavra racionamento.

Nos próximos dias, o governo anunciará a divisão de dias em que os bairros terão fornecimento integral, apenas noturno ou ficarão com as torneiras secas.

A medida será aplicada até que o reservatório se recupere, o que, para o ministro, deve acontecer até setembro.

O racionamento é anunciado dez dias após prefeitos de cidades da região metropolitana de Caracas denunciarem cortes de água sem aviso. Dentre as cidades afetadas, está Chacao, um dos polos dos protestos contra Maduro perto da capital.

No interior, aumentam os protestos contra a falta de água, em especial nos Estados de Lara e Vargas. A seca pode ampliar a crise energética e o desabastecimento. Os dois são alguns dos motivos para os protestos.

PROTESTOS

Na noite de anteontem, houve protestos violentos em diversas cidades do país. Manifestantes encapuzados queimaram um veículo militar em Caracas, um caminhão da petroleira estatal PDVSA em San Cristóbal e uma biblioteca em Barquisimeto.

Os atos terminaram com a prisão de 11 estudantes da Universidade Católica de Táchira, em San Cristóbal. Em resposta, os universitários bloquearam ontem bloquearam ontem ruas de diversas cidades venezuelanas com carteiras escolares.

Na capital, estudantes opositores enfrentaram grupos chavistas, alguns deles com armas e fogos de artifício. No início da noite, manifestantes incendiaram um ponto de ônibus em Chacao.

Os confrontos acontecem dois dias antes de uma sessão do Senado americano avaliará a crise política na Venezuela. Um grupo de venezuelanos irá a Washington para pedir sanções ao governo de Maduro.

Ontem, o presidente eleito do Panamá, Juan Carlos Varella, disse que mandará um enviado a Caracas para reestabelecer as relações com a Venezuela, cortadas após o atual governo pedir que a OEA analisasse a crise.


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