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Análise

Disputa por ranking à parte, investidores se voltam a colombianos

Na briga econômica entre Bogotá e Buenos Aires, o que vale é capacidade de atrair capital; aí, argentinos perdem

JOHN PAUL RATHBONE DO “FINANCIAL TIMES”

É claro que os países latino-americanos não estão praticando um pouco de "Schadenfreude" (expressão em alemão que significa algo como alegria com a desgraça alheia) pré-Copa do Mundo.

Mesmo assim, os mercados emergentes foram afetados diferentemente pela onda de turbulência. Tome-se o caso da Colômbia e Argentina.

Dois anos atrás, funcionários do Ministério da Economia colombiano provocaram confusão quando disseram que a economia de seu país era maior que a da Argentina, o que significaria que seria a terceira maior da região (atrás do Brasil e do México).

Buenos Aires se apressou a responder com veemência: "Nada disso!". Para começo de conversa, isso só poderia ser verdade se se convertesse o PIB argentino nominal em dólares americanos usando o câmbio do mercado negro (logo, ilegal), em vez do câmbio oficial e "verdadeiro".

Em fevereiro passado, depois de a Argentina ter oficialmente desvalorizado sua moeda, os colombianos voltaram ao ataque.

"Acho que resolvemos a questão, mesmo que a diferença seja pequena", disse o ministro das Finanças colombiano, Mauricio Cárdenas, ao blog beyondbrics ("além dos Brics", em inglês), do "Financial Times".

Usando as estimativas mais recentes de PIB para os dois países (do terceiro trimestre de 2013), ele calculou que o PIB colombiano estava em US$ 344 bilhões, e o argentino ficaria em US$ 338 bilhões. Gol para a Colômbia!

É claro que é possível se divertir muito com o modo como os países se posicionam nos rankings e as mensagens que eles tentam tirar dessas tabelas.

Sim, levando em conta a paridade do poder de compra, a Argentina provavelmente ainda está ganhando. Por outro lado, se você pensar ""como muitos pensam--que o peso argentino ainda está sobrevalorizado e que o câmbio negro do dólar é o melhor para avaliar o mercado, então a economia argentina é menor que a colombiana.

Mas tudo isso não passa de uma tola contagem de pontos, porque o objetivo principal deste exercício é ilustrar uma tendência.

Aqui, o quadro que se desenha é menos equívoco e suscita a pergunta: em qual dos dois países você investiria? É essa a questão de marketing que está latente na assertividade colombiana sobre suas dimensões econômicas. O resto é bobagem.


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