Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Oposição venezuelana tenta impor condições

À Unasul, políticos exigem soltura de manifestantes para retomar diálogo

Mais cedo, chanceler foi à TV dizer que pretende denunciar interferência dos EUA, que teria falado com opositores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Representantes da oposição venezuelana exigiram neste domingo (18) a liberação dos estudantes presos em protestos recentes em reunião com os chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).

Eles também colocaram como condições para retomar o diálogo com o governo a liberação de presos políticos e a constituição de uma comissão da verdade. Participaram do encontro os ministros de Relações Exteriores de Brasil, Colômbia e Equador.

A Venezuela enfrenta uma grave crise política, com confrontos entre partidários da oposição e do governo que já deixaram 42 mortos, 835 feridos e mais de 2.600 detidos --pelo menos duas centenas continuam presos.

O diálogo entre oposição e governo, mediado pela Unasul, começou no dia 10 de abril, mas foi interrompido pela oposição no início da semana passada.

Os opositores reclamaram da repressão violenta a uma manifestação de estudantes e do desmantelamento de quatro acampamentos, que resultaram na prisão de uma centena de jovens.

O encontro entre os representantes da Mesa de Unidade Democrática (MUD) com os chanceleres da Unasul ocorreu na nunciatura apostólica de Caracas.

O objetivo da oposição era explicar aos chanceleres os motivos pelos quais suspendeu o diálogo com o governo. Estiveram presentes o secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo e o governador de Miranda, Henrique Capriles Radonski, entre outros.

"Viemos expressar como é grave e delicado que não se cumpram os acordos. Até o momento o governo fez água com esses anúncios. É inaceitável", disse Roberto Enríquez, presidente do Partido Social Cristão (Copei), antes de entrar no encontro.

INTERFERÊNCIA

O governo venezuelano vai denunciar as ameaças de sanções e a "interferência" dos Estados Unidos no país perante a ONU (Organização das Nações Unidas), a OEA (Organização dos Estados Americanos) e outras organizações, disse também neste domingo o chanceler Elías Jaua, em entrevista a um canal privado de TV.

No início deste mês, a subsecretaria de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, disse a senadores que a oposição venezuelana considerava prematura a imposição de sanções a funcionários do governo, o que detonou denúncia sobre supostos contatos entre os lados. Jacobson disse que se "confundiu" em sua fala.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página