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Colombiano entrega perícia contra vídeo

Candidato opositor Óscar Zuluaga apresenta à Procuradoria supostas provas de montagem em reunião com hacker

Em penúltimo debate, Zuluaga, aliado de Álvaro Uribe, voltou a defender linha-dura em diálogo com as Farc

SYLVIA COLOMBO ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ

O candidato à Presidência da Colômbia Óscar Iván Zuluaga apresentou nesta quinta (22) à Procuradoria nacional uma resposta ao vídeo em que aparece conversando com um hacker que teria vazado informação sigilosa sobre as negociações do governo com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O documento foi entregue pelo advogado de Zuluaga, Jaime Granados, ao vice-procurador-geral, Jorge Fernando Perdomo. A perícia, contratada pelo Centro Democrático (partido de Zuluaga), foi realizada por experts da companhia Adalid Corporation e concluiu que o vídeo seria uma montagem.

A defesa alega que, em vários pontos, a imagem aparece cortada, indicando edição, enquanto o áudio não corresponde às cenas.

"Há 17 pontos de edição, momentos em que se ouve o som de clicks sem que ninguém esteja pressionando o botão do mouse, e diferença entre as versões do vídeo exibido pela Semana' e o que saiu no jornal Tiempo'", disse o técnico Andrés Guzmán Caballero, da Adalid.

Granados apresentou, ainda, uma denúncia formal contra Rafael Revert, o técnico em segurança informática espanhol, que trabalhava para o hacker Andrés Sepúlveda. Revert teria gravado o vídeo e o entregou à revista "Semana", que o divulgou no último sábado.

Apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, Zuluaga disparou nas pesquisas e deve provocar um segundo turno nas eleições do próximo domingo.

O candidato disputa palmo a palmo as intenções de voto com o atual presidente, também ex-aliado de Uribe, Juan Manuel Santos.

A paz foi o principal tema do penúltimo debate presidencial, exibido na noite desta quinta-feira. Zuluaga voltou a falar de "política de choque" e de suspender os acordos de paz para retomá-los com mais linha-dura, exigindo que as Farc respeitem a trégua acordada (houve atentados na última semana, apesar de acordo feito com o governo). Já Santos mostrou-se mais seguro e listou os avanços da negociação.

"Mudamos a imagem da Colômbia. Acabamos com o estigma. Nós, colombianos, éramos mal vistos nos aeroportos do mundo. Não é mais assim", disse o presidente.

A situação da Venezuela também foi abordada. Zuluaga disse que agiria com firmeza no sentido de impedir que a guerrilha colombiana cruze a fronteira para fugir à lei. "A Venezuela não é uma democracia e segue abrigando terroristas colombianos", acusou o opositor.

Já Santos afirmou que a Colômbia seguirá respeitando a soberania do país vizinho.

Nesta quinta-feira, Álvaro Uribe também foi à ofensiva, sugerindo que seu partido (Centro Democrático) poderia não aceitar o resultado das urnas, caso o órgão eleitoral "não ofereça garantias". O ex-presidente disse também que, em vários lugares do interior do país, as Farc estariam controlando a votação, "com um fuzil na mão".

O ministro do Interior, Aurelio Iragorri Valencia, disse que as eleições serão transparentes e seguras.


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