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Obama vê 'fim responsável' a guerra afegã
Em visita surpresa a tropas americanas no Afeganistão, presidente diz que conflito chegou a 'ponto crucial'
Presidente afegão, Hamid Karzai, declinou convite para encontro com líder americano, segundo agência
Em discurso a tropas americanas durante visita surpresa ao Afeganistão no domingo (25), o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que vai levar a guerra no país a um "fim responsável".
Obama pousou no Afeganistão a fim de agradecer as tropas que se preparam para voltar aos EUA após quase 13 anos de conflito.
Ele saiu de Washington na noite de sábado (24) a bordo do Air Force One e fez uma visita de quatro horas à base aérea de Bagram --a 40 km de Cabul. Foi acompanhado do cantor country Brad Paisley, que fez show para os soldados.
Ao falar com os militares, Obama afirmou que a guerra chegou a um ponto crucial, com as forças afegãs assumindo a responsabilidade primária pela segurança nacional.
"Em 2015, muitos dos 32,8 mil soldados americanos no Afeganistão deverão partir. Para muitos de vocês, essa será a última excursão ao Afeganistão."
"A guerra da América no Afeganistão logo chegará a um fim responsável."
O presidente disse que deve sair em breve a decisão de manter um pequeno contingente militar para ajudar a proteger os "ganhos obtidos" no período.
CONVITE NEGADO
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, negou o convite para reunir-se com Obama durante a visita, disse um funcionário americano à agência AFP. O encontro aconteceria na base aérea de Bagram.
Segundo a agência, o funcionário afirmou não estar surpreso com a resposta negativa de Karzai, considerando a falta de tempo para preparar a reunião.
MEMORIAL DAY
A viagem de Obama aconteceu no contexto do Memorial Day, celebrado nesta segunda-feira (26). Na data, os americanos lembram e homenageiam os militares que serviram ao país nas Forças Armadas e perderam a vida no campo de batalha.
A quarta viagem do presidente ao Afeganistão é vista por alguns críticos como uma tentativa de se redimir aos olhos de veteranos militares.
Funcionários da Casa Branca disseram que não há ligação entre a visita e as críticas sobre os tratamentos em hospitais para veteranos.