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Europa tenta dar resposta a crescimento de extremistas

Líderes de França e Alemanha falam em medidas de estímulo econômico

Partidos xenófobos e contrários ao bloco tiveram crescimento na eleição que escolheu o Parlamento Europeu

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Líderes de Alemanha e França defenderam nesta segunda (26) o corte de impostos e a geração de empregos como armas para deter o crescimento da extrema direita na Europa.

As promessas aconteceram como reação às eleições para o Parlamento Europeu, no último domingo (25). A votação terminou com diversas vitórias de grupos contrários a União Europeia --os eurocéticos-- tanto à esquerda quanto à direita.

"Os bons resultados de populistas e da extrema direita são algo notável e lamentável", declarou a chanceler alemã, Angela Merkel.

Ela defendeu políticas que estimulem o crescimento e novos empregos como resposta ao resultado. "A questão é como vamos ganhar os eleitores. Esse é o caso também na França", declarou.

Apesar de seu partido ter vencido na Alemanha, Merkel deve enfrentar dificuldades em seu projeto de integração europeia. A Grécia, por exemplo, teve vitória do Syriza, partido de extrema esquerda contrário ao pacote de ajuda ao país, que foi idealizado por ela.

O primeiro-ministro francês, o socialista Manuel Valls, disse que os eleitores estão cansados dos altos impostos e prometeu cortar as taxas.

"Até que o desemprego caia, até que o poder de compra cresça, até que os impostos caíam, os franceses não vão acreditar em nós", afirmou ele. A eleição no país terminou com vitória da Frente Nacional, de extrema direita --os socialistas ficaram em terceiro lugar.

"A Europa se tornou ilegítima, distante, basicamente incompreensível" disse o presidente francês, François Hollande em discurso na televisão. "Isso não pode continuar", declarou.

No Reino Unido, o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, teve que negar que vá renunciar. Ele foi pressionado a deixar o cargo depois que seu partido, Liberal Democrata, perdeu 10 de seus 11 eurodeputados --o mais votado foi o Ukip, outro partido eurocético de extrema direita.

O resultado também teve reflexo na Espanha, onde o líder do PSOE (socialista), Alfredo Pérez Rubalcaba, renunciou ao cargo depois da derrota para o governista PP, de centro-direita.

Entre os maiores países, o principal vencedor foi o premiê italiano, Matteo Renzi, que viu seu partido obter mais de 40% dos votos. O resultado deve facilitar a realização de reformas no país.

Apesar do avanço da extrema direita, o conservador PPE (Partido Popular Europeu) conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento. A aliança deve indicar Jean-Claude Juncker, ex-primeiro-ministro de Luxemburgo, para presidir a Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, mas depende do apoio de outros partidos.


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