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Ucrânia acusa rebeldes de atacar helicóptero
Governo diz que separatistas pró-Rússia derrubaram aeronave, matando 14 militares; general está entre vítimas
Milicianos negaram a acusação de que usaram uma bazuca para derrubar o veículo, que caiu em Slaviansk
A queda de um helicóptero do Exército ucraniano nesta quinta (29) matou 13 soldados e um general nos arredores de Slaviansk, no leste do país. Segundo o governo da Ucrânia, o ataque, o mais grave sofrido até agora, foi obra de rebeldes pró-Rússia.
"Hoje recebi informação de Slaviansk de que terroristas derrubaram nosso helicóptero que levava soldados. Morreram 14 militares, incluído o general [Serhiy] Kulchitski", afirmou Oleksander Turchinov, presidente interino da Ucrânia. Ele disse que o helicóptero militar foi atingido por um projétil de bazuca.
"Tenho certeza de que as Forças Armadas e os órgãos de segurança levarão até o final a limpeza de terroristas e de todos os criminosos. Serão liquidados ou se sentarão no banco dos réus", afirmou.
Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, o aparelho derrubado transportava munição e alimentos.
O autoproclamado prefeito de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov, negou que os rebeldes tenham derrubado o helicóptero. Ele também confirmou que suas forças prenderam quatro observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), desaparecidos desde segunda-feira (26).
"O grupo que desapareceu no sul de Donetsk tem quatro pessoas. Sabemos onde estão, estão sãos e salvos", afirmou à agência Interfax.
Eles estavam no país para acompanhar a eleição presidencial, que ocorreu no último domingo (25).
Em razão do conflito, os militares ucranianos anunciaram a disposição de criar um corredor humanitário para facilitar a saída da população civil de Slaviansk. "Nessa situação, as partes devem chegar a um acordo para a criação de um corredor para os refugiados", disse Vladislav Selezniov, porta-voz do governo ucraniano.
Ele negou que o Exército tenha usado artilharia de aviões e mísseis, como denunciaram os milicianos.
Líderes dos separatistas confirmaram que parte dos rebeldes que lutam contra o governo de Kiev é de voluntários russos. O Exército ucraniano teria matado 34 deles durante a retomada do aeroporto de Donetsk.
Funcionários do governo dos EUA disseram à agência Associated Press que a Rússia retirou a maior parte dos seus soldados que estavam na fronteira com a Ucrânia.