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Poeta Alberto da Costa e Silva vence prêmio Camões 2014

Escritor é especialista na história da África

DE SÃO PAULO

O poeta, diplomata e historiador Alberto da Costa e Silva venceu o Prêmio Camões 2014, a principal honraria da língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra. Ele irá receber 100 mil euros (cerca de R$ 300 mil).

Costa e Silva, 83, é especialista em história e cultura africanas. Publicou diversos livros sobre o assunto, como "A Enxada e a Lança" (1992), "A Manilha e o Libambo" (2002), "Um Rio Chamado Atlântico" (2003) e "Francisco Félix de Souza, Mercador de Escravos" (2004).

Sua vasta produção literária engloba ainda poesia ("Ao Lado de Vera", vencedor do Prêmio Jabuti em 1997), história ("Das Mãos do Oleiro"), ensaio ("O Quadrado Amarelo"), memória ("Espelho do Príncipe") e infantojuvenis ("Um Passeio pela África").

"Fiquei muito perplexo, é uma grande honra. Esse prêmio foi dado a alguns dos principais nomes da vida brasileira, portuguesa e africana", falou Costa e Silva.

No ano passado, o escritor moçambicano Mia Couto foi o vencedor do prêmio.

Entre os escritores brasileiros, já venceram o Camões João Cabral de Melo Neto (1990), Jorge Amado (1994), João Ubaldo Ribeiro (2008) e Dalton Trevisan (2012).

Em nota, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, comentou que a obra de Costa e Silva "tem um olhar muito profundo e desvelador sobre a África e seus povos, que ajudaram a formar nosso país".

Alberto da Costa e Silva ocupa a cadeira número 9 da Academia Brasileira de Letras desde 2000. Nascido em São Paulo em 1931, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 12 anos, onde vive até hoje.

Ele começou a carreira de diplomata em 1957. Foi embaixador em Lisboa (1986-1990), Bogotá (1990-1993) e Assunção (1993-1995), entre outros cargos. Está aposentado da função há 15 anos.

A vocação literária lhe foi incutida pelo pai, o poeta Antônio Francisco da Costa e Silva. Sua outra grande paixão, a África, surgiu da leitura de "Casa-Grande & Senzala", de Gilberto Freyre, aos 15 anos.

"Fiquei fascinado com a cultura do povo africano. Percebi que para entender o Brasil é preciso conhecer a história da África", explica.

No momento Costa e Silva prepara o terceiro volume de suas memórias e um estudo sobre a África no século 18.


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