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Obama aceita demissão de dois assessores
Presidente perdeu o porta-voz e o responsável por cuidar dos militares veteranos
O presidente Barack Obama perdeu nesta sexta-feira (30) dois assessores de seu governo. Pediram demissão o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, e o secretário para assuntos dos Veteranos de Guerra, Eric Shinseki.
Carney, 49, estava no cargo desde janeiro de 2011. Antes, foi diretor de comunicações do vice-presidente, Joe Biden.
O novo porta-voz, anunciado pelo presidente Barack Obama, é Josh Earnest, 39, que era vice de Carney e trabalhou na primeira campanha de Obama em 2008.
O presidente disse que Carney virou um "bom amigo" e que continuaria a se consultar com ele, mesmo após deixar o cargo. Sua saída deve acontecer só em meados de junho.
No ano passado, um grupo de organizações da mídia americana mandou uma carta a Carney se queixando da "falta de acesso" dos repórteres ao atual governo.
Ele também já foi ironizado pela TV americana como o porta-voz "não sei", pelas dezenas de vezes que usava o termo ao responder as questões dos jornalistas.
Outra crise ocorreu no ano passado, quando diversos veículos de comunicação se queixaram de que a Casa Branca estava fechando diversos eventos à imprensa, limitando-se a enviar fotos do fotógrafo oficial como divulgação. Carney, então, prometeu maior acesso.
Jornalista, formado em História Russa por Yale, Carney foi diretor da sucursal de Washington da revista Time, e comentarista da rede de TV ABC. No início da carreira, foi correspondente da Time em Moscou, quando cobriu o fim da União Soviética.
"Ele chegou a esse lugar com a perspectiva de um repórter", Obama disse após interromper a coletiva de Carney. "É por isso, acreditem ou não, que ele sentiu falta de sair com vocês", completou o presidente aos jornalistas presentes.
Carney disse que vai sair de férias e que ainda não sabe seu próximo destino profissional.
VETERANOS
Mais cedo, Obama já tinha anunciado a saída de Eric Shinseki.
Ele pediu demissão depois de uma investigação interna apontar problemas nos centros de veteranos. O presidente disse que aceitou a renúncia "com tristeza".