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Suspeito de ataque a museu judaico é preso na França

Polícia diz que acusado de atentado em Bruxelas foi treinado por radicais islâmicos e combateu na Síria

Bélgica e França ainda não sabem se ele agiu sozinho ou a mando do Estado Islâmico do Iraque e do Levante

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

"Vamos monitorar esses radicais e garantir que, quando eles voltem de uma guerra que não é deles e que também não é nossa, não nos façam nenhum danofrançois hollandepresidente da França

A França anunciou neste domingo (1º) que prendeu um homem acusado de ser o atirador que matou quatro pessoas no Museu Judaico de Bruxelas, na Bélgica. A polícia suspeita que ele tenha sido combatente rebelde na guerra civil na Síria.

Mehdi Nemmouche, 29, foi preso na última sexta-feira (30) por agentes da alfândega enquanto desembarcava na rodoviária de Marselha, no sul francês. Ele chegou à cidade em um ônibus que saiu de Amsterdã e fez uma parada em Bruxelas.

Segundo a polícia, os agentes revistaram suas bagagens e encontraram uma pistola e um fuzil AK-47, armas do mesmo modelo das usadas no ataque ao museu. Também foram encontradas uma câmera de ação e roupas similares às usadas no crime.

Nemmouche está até a próxima quinta (5) em prisão preventiva, que pode ser prorrogada caso as autoridades considerem que ele representa uma ameaça terrorista.

Nascido no norte da França, o suspeito alternou uma série de entradas e saídas da prisão por diversos crimes entre 2001 e 2012. Três semanas após deixar a prisão pela última vez, em dezembro de 2012, ele começou uma viagem que terminou na Síria.

No período em que ficou no país, ele teria combatido junto com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

O grupo já foi filiado à rede terrorista Al Qaeda e é uma das principais organizações radicais que tentam derrubar o ditador Bashar al-Assad desde março de 2011.

Ao deixar a Síria, ele passou pela Malásia e por Cingapura antes de voltar à Europa, via Frankfurt. Em março de 2014, as autoridades alemãs alertaram à França que Nemmouche havia passado pelo aeroporto da cidade.

A polícia ainda não sabe se o suspeito agiu sozinho ou recebeu ordens do grupo ao qual foi filiado. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante ainda não se pronunciou sobre se é responsável pelo ataque em Bruxelas.

SEM CLEMÊNCIA

O suposto atirador foi indiciado pela polícia belga por homicídio e tentativa de homicídio. O ataque terminou com a morte de um casal de turistas israelenses e de uma voluntária francesa. Um funcionário belga foi ferido e morreu no hospital.

Neste domingo, o presidente da França, François Hollande, disse que não terá clemência com franceses que se afiliaram a grupos radicais islâmicos e combateram na guerra civil síria.

"Vamos monitorar esses radicais e garantir que, quando eles voltem de uma guerra que não é deles, e que também não é nossa, não nos façam nenhum dano", disse.


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