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Síria faz eleição vista por rivais de Assad como farsa

Ditador deve usar pleito sem oposição real para lhe dar mais legitimidade

Adversários no exílio são impedidos de fazer parte da disputa devido ao requisito de viver no país nos últimos 10 anos

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O regime da Síria celebra, nesta terça-feira (3), as eleições que devem manter o ditador Bashar al-Assad na Presidência, apesar da guerra civil que castiga o país, tendo deixado mais de 160 mil mortos desde 2011.

As potências ocidentais consideram o pleito uma farsa, que tem por meta legitimar o poder que Assad herdou do pai, Hafez, em 2000.

Assad concorre no pleito com dois candidatos até então desconhecidos pela população. Ambos receberam o aval do governo para concorrer ao cargo. Um deles, Hassan al-Nuri, já foi ministro do regime.

O outro rival, Maher al-Hajjar, publicou recentemente imagens de si mesmo próximo a um retrato do ditador.

A oposição exilada, que tem articulado o apoio da comunidade internacional nos últimos anos, foi impedida de participar das eleições pela controversa legislação eleitoral, que estipula como pré-requisitos a religião islâmica e a residência no país durante os últimos dez anos.

O novo mandato de Assad será seu terceiro, programado para ter sete anos.

Esse período deve ser marcado por seus esforços em, a partir de avanços militares, sufocar a violenta insurgência que hoje mantém o controle de porções do território sírio, em especial ao norte e ao leste.

Os milhões de deslocados pelo conflito poderão votar sem ter de retornar a seus distritos natais.

No entanto, os refugiados que cruzaram as fronteiras rumo à Jordânia, ao Líbano e à Turquia, fugindo dos constantes bombardeios, não terão autorização para participar do pleito.


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