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Obama defende troca de militar por prisioneiros de Guantánamo

Presidente diz que 'regra sagrada' dos EUA é não deixar nenhum homem de farda para trás

Líder minimiza suspeita de que Bowe Bergdahl, que ficou em poder do Taleban afegão por 5 anos, tenha desertado

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira (3) a decisão de libertar cinco prisioneiros de Guantánamo em troca do sargento Bowe Bergdahl, que estava havia quase cinco anos em poder do Taleban no Afeganistão.

Desde que Bergdahl foi solto, no fim de semana, o governo americano vem enfrentando duras críticas da oposição pelos riscos assumidos na manobra e pela hipótese de os esforços terem sido feitos para resgatar um possível desertor.

"Os EUA sempre tiveram uma regra sagrada, que é: nós não deixamos nenhum homem ou mulher de farda para trás", disse Obama, durante entrevista coletiva em Varsóvia, na Polônia.

O presidente destacou que por ora não é possível saber mais sobre as condições de sua captura, já que o sargento ainda não foi interrogado --Bergdahl está em tratamento no Centro Médico Regional de Landstuhl, na Alemanha. Obama, contudo, minimizou o argumento da possível fuga sobre os esforços para sua libertação.

"Independentemente das circunstâncias, traremos de volta um soldado americano que esteja capturado. Ponto. Não condicionamos isso."

Apesar de afirmar que esta não será uma "prioridade", o chefe do braço civil do Exército, John McHugh, assegurou que vai conduzir uma análise "ampla e coordenada" sobre o caso do sargento, para saber mais sobre "as circunstâncias de seu desaparecimento e captura".

"Qualquer outra decisão será tomada depois e de acordo com práticas, políticas e regulamentações apropriadas", disse McHugh.

Militares que serviram com Bergdahl o acusam de ter cometido um ato "egoísta", que custou a vida de outros soldados.

"Bergdahl desertou no meio da guerra, e seus colegas americanos perderam a vida procurando por ele", disse à CNN o sargento Matt Vierkant, para quem Bergdahl deve responder na Justiça Militar. Ao menos seis soldados teriam morrido em missões de busca por ele, segundo a CNN.

Em artigo no site "Daily Beast", o veterano Nathan Bradley Bethea afirmou que o militar não "ficou para trás" numa patrulha noturna. "Bergdahl foi rendido do seu posto e, em vez de ir dormir, deixou o local a pé", disse.

Ele teria deixado seu rifle, capacete e colete e levado só uma bússola, uma faca, uma câmera digital e um diário.

RISCOS

Entre os cinco prisioneiros de Guantánamo libertados na troca estão Khirullah Khairkhwa --que seria um dos fundadores do Taleban e próximo a Osama bin Laden-- e Abdul Haq Wasiq, que chegou a ser o número dois da inteligência taleban. "Estes são os mais perigosos entre os perigosos", disse o senador republicano John McCain.

Obama, contudo, disse que a libertação não coloca os EUA em risco, porque eles ficarão sob custódia do Qatar.


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