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Candidato sobrevive a atentado que deixa 10 mortos em Cabul
Favorito no segundo turno da eleição presidencial afegã, Abdullah Abdullah conseguiu escapar ileso do ataque
Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria, suspeita recai sobre o Taleban, que já ameaçara fazer ataques
Um atentado suicida contra o candidato favorito nas eleições presidenciais no Afeganistão, Abdullah Abdullah --que saiu ileso--, deixou pelo menos dez mortos e dezenas de feridos nesta sexta (6) em Cabul, a capital do país.
O ataque ocorreu por volta das 12h20 locais (4h50 de Brasília), quando Abdullah voltava de um ato eleitoral e um carro-bomba explodiu em sua passagem, disse o Ministério do Interior em nota.
O atentado ocorreu perto do Hotel Ariana, QG eleitoral de Abdullah, após o candidato participar de caravana eleitoral. Um suicida fez seu carro-bomba colidir com o veículo blindado de Abdullah; outro homem, que estava a pé, detonou um cinto de explosivos durante a passagem da caravana.
Abdullah, que se dirigia para outro hotel da cidade, declarou posteriormente a uma emissora local que estava bem. O candidato estava acompanhado do político afegão Zalmai Rasul, que também saiu ileso do ataque.
O presidente afegão, Hamid Karzai, e o outro candidato que está no segundo turno, Ashraf Ghani, condenaram o ataque a Abdullah, que em fevereiro já fora vítima de outra tentativa de assassinato, nos arredores de Cabul.
TALEBAN SUSPEITO
Embora nenhum grupo tenha assumido imediatamente a responsabilidade pelo atentado, as suspeitas recaem sobre os extremistas islâmicos do grupo Taleban.
Na segunda (2), o Taleban ameaçou atacar quem participasse do segundo turno, marcado para 14 de junho. E por várias vezes o grupo tentou atacar o hotel, que diz estar sendo usado pela CIA.
Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani chegaram ao segundo turno após terem conquistado, respectivamente, 45% e 31,6% dos votos no pleito realizado no dia 5 de abril.
A segurança foi reforçada em todo o Afeganistão e especialmente na capital para a realização das eleições.
