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Nada está descartado no Iraque, diz Obama

Em primeiro pronunciamento sobre crise, presidente dos EUA não detalhou, no entanto, quais ações pretende tomar

Jihadistas do grupo EIIL seguem avançando em direção a capital Bagdá; rebeldes curdos tomam a cidade de Kirkuk

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta (12) que o Iraque "vai precisar de ajuda" e que nenhuma opção está descartada, mas seu porta-voz, Jay Carney, disse que o envio de tropas para luta em solo "não está contemplado".

A reação americana se deu no dia em que os conflitos no Iraque se agravaram. Além do combate entre governo e as forças do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), rebeldes curdos tomaram a cidade de Kirkuk, localizada no norte do país.

Pela primeira vez desde a escalada da crise, Obama se pronunciou sobre o Iraque, dizendo que há uma "situação de emergência". "Minha equipe está monitorando permanentemente os acontecimentos", disse.

Em Mossul, os jihadistas sunitas do EIIL fizeram um desfile de blindados americanos apreendidos do Exército iraquiano. Testemunhas viram o grupo operando helicópteros. Na terça, as tropas iraquianas haviam sido obrigadas a se retirar da cidade, a segunda maior do país.

Mais ao sul, os combatentes estenderam seu avanço para cidades localizadas a cerca de uma hora de carro de Bagdá, onde grupos xiitas estão se mobilizando para evitar um potencial banho de sangue sectário, como aconteceu entre 2006 e 2007.

Já as forças do governo recuperaram nesta quinta o controle da cidade de Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, que foi brevemente tomada pelos insurgentes na quarta-feira. A Força Aérea chegou a bombardear palácios do ex-ditador, morto em 2006, que eram usados como posições pelos jihadistas.

O EIIL, que pretende criar um emirado islâmico no Iraque e na Síria (região que faz parte do chamado Levante, que dá nome à organização), ameaçou prosseguir "suas conquistas" no Iraque e tomar as cidades santas xiitas de Karbala e Najaf.

OPOSIÇÃO

Lideranças republicanas, de oposição a Obama, cobraram ataques aéreos contra alvos das milícias islâmicas que combatem o governo do premiê Nuri al-Maliki.

Segundo o jornal "New York Times", Maliki teria pedido confidencialmente a Obama para autorizar ataques, possivelmente usando drones, contra essas milícias. Obama, que tem recorrido a ataques similares no Iêmen e no Paquistão, teria se recusado a voltar ao Iraque e a trabalhar com Maliki, segundo fontes ouvidas pelo jornal.

O agravamento da crise no Iraque chega semanas após Obama fazer um discurso em que deixava a Guerra do Iraque para trás e afirmava que a retirada americana de lá --completada em dezembro de 2011-- era um dos grandes feitos de seu governo.

A oposição republicana culpa a ausência de Obama pela deterioração no Iraque.


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