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Análise

Retirada precipitada eliminou saldos positivos de invasão

DAVID BROOKS DO "NEW YORK TIMES"

Quando os EUA invadiram o Iraque, em 2003, destruíram o regime. Daí, passaram oito anos envolvidos num esforço de construção de um novo Estado.

Como escreveu Dexter Filkins, que cobriu a guerra para o jornal "New York Times", "em 2011, sob qualquer indicador razoável, os americanos haviam conseguido importantes avanços, mas o trabalho não estava concluído".

O Exército iraquiano operava de forma mais profissional, e diplomatas americanos pressionavam o premiê Nuri al-Maliki a controlar seus impulsos sectários.

Mas, antes que o país estivesse preparado, Obama decidiu não negociar seriamente o acordo sobre a presença da Otan no país. As tropas saíram em 2011, e Obama disse que a guerra tinha chegado ao fim.

Só que as coisas começaram a se deteriorar quase imediatamente.

A atual guerra civil estava prevista. A violência sectária alimentou temores de que toda a região termine envolvida em uma grande guerra, um amplo conflito entre sunitas e xiitas que cruzaria fronteiras e abarcaria dezenas de milhões de pessoas.

Essa queda em direção ao caos foi exacerbada pela guerra civil na Síria, que começou a se agravar mais ou menos no mesmo momento.

Duas nações se viram cada vez mais consumidas por violência sectária, e a região contemplava os acontecimentos. E o ódio crescia.

O poderio americano passou por uma reacomodação. Os cidadãos, de direita ou de esquerda, decidiram que era possível se esconder do mundo. E agora o medo de uma grande guerra regional parece se concretizar.

Agora, temos dois governos americanos seguidos que cometeram seus piores erros de política externa no Iraque. Ao não reforçar os resultados positivos gerados por George W. Bush (2001-2009), Obama cometeu erros parecidos, mas na direção oposta.

Não é tarde para ajudar os moderados da Síria. No Iraque, a resposta é ajudar Maliki em troca de melhora.


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