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Preocupado, regime do Irã envia ajuda ao Iraque

Temor é que se inicie luta sectária regional

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O Irã enviou combatentes ao Iraque para ajudar o governo de Bagdá a repelir o avanço de insurgentes ultrarradicais que já tomaram importantes cidades iraquianas e ameaçam ir até a capital.

A informação, que contradiz a versão oficial de Teerã, foi confirmada à Folha por uma fonte do governo iraquiano e expõe a gravidade da crise entre rebeldes sunitas e forças leais ao premiê Nuri al-Maliki.

"Neste momento, os iranianos já estão no Iraque. Não precisamos formalizar um pedido para que intervenham, pois todos sabemos que a ajuda deles é indispensável", disse a fonte. "Não temos capacidade de enfrentar estes grupos sozinhos."

Segundo o jornal britânico "Guardian", o Irã despachou para o país vizinho ao menos 2.000 integrantes do basij, milícia paramilitar que agrupa voluntários e soldados profissionais. O basij é ligado à Guarda Revolucionária, força militar de elite do Irã.

O chefe das operações externas da Guarda Revolucionária, general Qassem Soleimani, está no Iraque acompanhando as operações, segundo o jornal americano "Wall Street Journal."

Oficialmente, o Irã nega estar atuando no Iraque, mas insiste em que está disposto a enviar ajuda militar.

"Estamos prontos para ajudar o Iraque no âmbito da legalidade internacional, e se o governo iraquiano pedir, iremos avaliar. Mas, até agora [os iraquianos], não nos pediram nenhuma ajuda", disse o presidente Hasan Rowhani neste sábado, em conferência de imprensa pelo primeiro aniversário da eleição.

O Irã, maior potência xiita, acompanha com apreensão desde o início do ano a degradação da segurança no Iraque, também xiita, onde um grupo sunita dissidente da rede terrorista Al Qaeda ganha cada vez mais força.

Conhecido como EIIL (Estado Islâmico na Síria e no Levante), o grupo surgiu no rastro do caos sectário que marca os conflitos sírio e iraquiano. Os insurgentes, nos últimos dias, tomaram Mosssul, a segunda maior cidade iraquiana, e ameaçam destruir santuários xiitas em Najaf e Karabala, alarmando o Irã.

A escalada iraquiana aproxima os arqui-inimigos EUA e Irã, que compartilham o interesse em preservar a integridade territorial do Iraque.


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