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Rússia corta gás para Ucrânia, mas mantém para UE

Sem acordo sobre preço, prazo para que Kiev pagasse parte da dívida com Moscou venceu nesta segunda

Ucrânia garante que gás chegará à Europa; premiê ucraniano diz que russos têm plano para destruir o país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após o fracasso das negociações sobre o preço do gás, a Rússia cortou nesta segunda-feira (16) o fornecimento para a Ucrânia, o que pode afetar o abastecimento da Europa e agravar a crise entre Moscou e países ocidentais.

Kiev não cumpriu o prazo desta segunda para pagar a dívida de US$ 1,95 bilhão (R$ 4,35 bilhões) com a estatal russa Gazprom pelo gás já exportado.

O ministro ucraniano de Energia, Yuri Prodan, confirmou que o país não estava recebendo gás na segunda. A Rússia --que também abastece 1/3 do gás consumido na Europa-- diz que agora a Ucrânia só terá o que pagar adiantado.

A Gazprom disse que continuará a abastecer a Europa e que é responsabilidade de Kiev assegurar o fluxo do produto --cerca de 15% do gás consumido no continente chega através da Ucrânia.

A Ucrânia "vai garantir o trânsito confiável [de gás] para a Europa", disse Prodan.

A Gazprom advertiu sobre a possibilidade de que Kiev use o gás destinado à Europa, o que teria acontecido após as disputas de preço de 2006 e 2009, que afetaram o fornecimento para a UE.

No fim de semana, a Rússia rejeitou a proposta da União Europeia de receber US$ 1 bilhão (R$ 2,23 bilhões)nesta segunda, e o restante em prestações.

Segundo a Gazprom, a dívida ucraniana chega a um total de US$ 4,458 bilhões (R$ 9,95 bilhões).

O comissário europeu de Energia, Guenther Oettinger, afirmou que não devem acontecer problemas no fornecimento de gás russo para a Europa, mas advertiu para um possível problema "no caso de inverno rigoroso".

Segundo a porta-voz da UE, Sabine Berger, a atual reserva de gás da Ucrânia (13,5 bilhões de metros cúbicos) basta para o verão no país e na Europa, mas é preciso cerca de 20 bilhões para o inverno.

Kiev não aceitou o aumento de preço imposto por Moscou depois que o presidente pró-russo Viktor Yanukovich foi derrubado e substituído por um governo aliado com o Ocidente neste ano.

O premiê ucraniano, Arseni Yatseniuk, associou a ação da Gazprom à anexação da Crimeia pela Rússia e ao movimento separatista pró-russo no leste do país. "É um plano da Rússia para destruir a Ucrânia", disse.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse nesta segunda que irá propor um cessar-fogo com os separatistas, mas somente depois que o Exército recuperar o controle da fronteira com a Rússia.


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