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EUA se propõem a discutir com Irã situação no Iraque

Obama anuncia envio de 275 militares para proteger americanos no país

Presidente iraniano dá a entender que aceita diálogo, mas membros de seu governo rejeitam cooperar com os EUA

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Diante da escalada da violência no Iraque, os EUA afirmaram nesta segunda-feira (16) estar "abertos" para trabalhar com o Irã para conter o avanço insurgente e anunciaram o envio de até 275 militares para garantir a segurança dos americanos e da embaixada do país em Bagdá.

Segundo o secretário de Estado americano, John Kerry, os EUA discutirão com Teerã se o regime "puder contribuir com algo construtivo e estiver preparado para fazer algo que respeite a integridade e a soberania do Iraque".

Em entrevista ao "Yahoo News", ele não especificou a natureza de uma possível cooperação, mas o Pentágono já descartou a opção militar.

O Irã, que tem a maior população xiita na região, ao lado do Iraque, até agora enviou sinais ambíguos sobre uma possível cooperação contra os insurgentes sunitas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL).

No sábado, o presidente iraniano, Hasan Rowhani, se disse aberto ao diálogo com o arqui-inimigo, desde que Washington se posicione claramente contra grupos sunitas presumivelmente apoiados por aliados da Casa Branca, como a Arábia Saudita.

"No dia em que virmos os EUA agindo contra grupos terroristas no Iraque, então poderemos pensar [em cooperação]", afirmou Rowhani. Os EUA, por sua vez, defendem esforços para "incentivar os líderes iraquianos a governar de modo não sectário".

Um importante assessor de Rowhani, Hamid Aboutalebi, escreveu no Twitter que apenas o Irã e os EUA poderiam resolver a crise iraquiana. A declaração é ainda mais relevante considerando que, em abril, Aboutalebi foi barrado pelos EUA para ser embaixador de seu país na ONU.

O chefe do Conselho de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, disse, porém, que uma cooperação com os EUA era "totalmente irreal."

Há a expectativa de que o tema seja discutido às margens das negociações entre Teerã e o P5+1 (EUA, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano, em Viena.

MILITARES

Em carta ao Congresso, Barack Obama informou sobre o envio das forças para "oferecer apoio e segurança aos funcionários e à embaixada em Bagdá". Segundo ele, "essa força ficará no Iraque até a situação de segurança melhorar ao ponto de que ela não seja mais necessária".

Cerca de 160 homens já chegaram ao Iraque --segundo a Casa Branca, com consentimento do governo local. O restante ficará em outro país próximo (não informado), em estado de alerta.


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