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Protesto na Venezuela deixa 20 feridos

Em data nacional do país, manifestações contra o governo de Nicolás Maduro foram realizadas em 15 cidades

Deputada cassada, María Corina pede a unidade das oposições; atos começaram no último mês de fevereiro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Líderes estudantis da Venezuela organizaram nesta terça-feira (24) manifestações e concentrações em 15 cidades do país contra o presidente Nicolás Maduro --cujo governo, num cenário de crise econômica, vem enfrentando protestos há quatro meses.

Os atos foram marcados para coincidir com as comemorações dos 193 anos da Batalha de Carabobo, decisiva para a independência do país.

A maioria dos protestos transcorreu pacificamente, exceto em Valencia --capital do Estado de Carabobo, norte da Venezuela--, onde Maduro assistiu ao desfile militar que costuma marcar a data.

Na cidade, um conflito entre os estudantes e a Guarda Nacional Bolivariana feiru pelo menos 20, disse a mídia local. As forças de segurança usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Em San Cristóbal (oeste do país), cinco estudantes iniciaram diante do consulado colombiano greve de fome pela soltura de dois colegas.

O jornal "El Nacional" relatou que, segundo usuários de redes sociais, uma pessoa foi ferida a bala no protesto em Maracaibo (noroeste venezuelano). Não havia, porém, confirmação oficial.

Em Caracas, centenas de pessoas marcharam pelas ruas de Chacao --município da região metropolitana da capital que já foi governado pelo oposicionista Leopoldo López, preso desde fevereiro.

A ex-deputada María Corina Machado, que pressiona pela renúncia de Maduro, participou do ato em Chacao.

Corina disse que é preciso "continuar nas ruas buscando a independência" e que ela será obtida pela unidade das oposições --aparente recado a Henrique Capriles, opositor contrário aos protestos.

O governo acusa Corina e López de instigar atos violentos desde 12 de fevereiro, dia do início das manifestações.

López se entregou à polícia em 18 de fevereiro. Em 5 de junho, um tribunal da capital decidiu levá-lo a julgamento sob várias acusações, entre elas autoria intelectual de incêndio e formação de quadrilha --o que ele nega.

O mesmo tribunal, na semana passada, proibiu que Corina saia da Venezuela.

Desde fevereiro, os confrontos no país deixaram pelo menos 43 mortos e 873 feridos. Conforme o Ministério Público, foram detidas mais de 2.500 pessoas, das quais 174 permanecem presas.


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