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Outro lado
Ministério diz que não pode se pronunciar sobre o processo
DE BRASÍLIAQuestionado sobre o motivo para a demora na conclusão do caso, o Itamaraty não se manifestou.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "não pode se pronunciar sobre o processo enquanto este não for finalizado e tornado público seu resultado" --o que hoje depende apenas do aval do chanceler.
A Folha questionou a pasta sobre a data precisa em que o ministro Luiz Alberto Figueiredo recebeu o relatório e a razão pela qual o processo ainda não foi finalizado. As perguntas da reportagem, no entanto, não foram respondidas.
Desde sua instalação, a comissão de sindicância ouviu dezenas de testemunhas.
Entre elas, estão os militares que escoltaram o veículo na viagem até o Brasil, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que esteve envolvido na operação, o então embaixador brasileiro na Bolívia, Marcel Biato e o ministro das Relações Exeriores à época, Antonio Patriota.
O próprio Saboia também foi chamado a prestar esclarecimentos.
Segundo a legislação, o acusado é ouvido após "concluída a inquirição das testemunhas".
O depoimento do diplomata ocorreu no último dia 18 de fevereiro.
