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Jornal equatoriano suspende versão em papel e culpa governo

Em editorial, "Hoy" critica lei de imprensa e denuncia perda da liberdade de expressão

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O equatoriano "Hoy" publicou neste domingo (29) sua última edição impressa diária. O jornal, que circula há mais de 30 anos, existirá agora somente em versão on-line e em um impresso publicado semanalmente.

Em editorial, o "Hoy" disse que a decisão foi motivada pela "gradual perda das liberdades e [pela] limitação das garantias constitucionais" no Equador, assim como pela "autocensura" provocada pela Lei de Comunicação, em vigor há um ano. Culpa os "ataques" do governo aos meios não alinhados ao poder.

Além disso, o jornal afirma que vem sendo alvo de boicote publicitário.

Para a Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom), que qualificou os ataques do "Hoy" como de "má-fé", a decisão do jornal não tem relação com a nova lei, mas, provavelmente, com alguma deficiência administrativa.

Segundo a organização, jornalistas do "Hoy" já vinham denunciando atrasos dos salários mesmo antes de a nova lei entrar em vigor.

O presidente do Equador, Rafael Correa, manifestou-se em sua conta no Twitter: "Supostamente o jornal Hoy' fechou por causa da Lei de Comunicação. A verdade: ele vem acumulando prejuízos há anos devido a uma péssima administração. Como há mentiras no país, paradoxalmente, por parte daqueles que deveriam informar!".

LEI POLÊMICA

Além de ter criado a Supercom --que tem papel de "vigilância, auditoria, intervenção e controle"--, a lei reservou 33% das futuras frequências de rádio e TV para a mídia estatal, 33% para emissoras privadas e 34% para grupos indígenas, sem mudar concessões atuais.

A lei também permitiu que, caso a Supercom julgue que uma pessoa física ou jurídica foi "desacreditada" pela mídia, o veículo seja obrigado a divulgar um ou mais pedidos de desculpas, dependendo de quantas vezes a "informação lesiva" foi publicada.


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