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Jovens israelenses e palestino assassinados eram religiosos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os três jovens israelenses sequestrados e mortos tinham uma característica em comum com o garoto palestino assassinado nesta quarta (2): a forte religiosidade.

Eyal Yifrah, 19, Naftali Fraenkel, 16, e Gilad Shaar, 16, esperavam carona para voltar de escolas religiosas judaicas (Yeshivás) quando foram sequestrados perto de Hebron, na Cisjordânia.

Já o muçulmano palestino Muhammad Hussein Abu Khdeir, 16, foi capturado enquanto se preparava para a primeira reza do dia, em frente a uma mesquita no bairro Shuafat, em Jerusalém Oriental, região de maioria árabe.

Ele jejuaria durante o dia, em celebração ao Ramadã, mês sagrado islâmico.

Muhammad era o irmão do meio de uma família de sete filhos, e estudava engenharia elétrica em uma escola vocacional. Seu pai, Hussein Abu Khdeir, 48, tem uma loja de material elétrico.

Os israelenses também tinham famílias numerosas.

Naftali Fraenkel era o segundo mais velho de seis irmãos. Ele tinha cidadania americana, pois seus avós maternos migraram de Nova York a Israel nos anos 1950.

Seu tio Yishai Fraenkel, 44, trabalha trazendo palestinos para atuarem no setor de tecnologia de ponta israelense.

"Isso [assassinato] faz com que eu tenha maus sentimentos sobre as pessoas boas com quem trabalho, entre os palestinos? Não. Não é segredo que em todas as sociedades há más pessoas", disse o tio.

Gilad Shaar era o único dos três judeus que vivia em território palestino, no assentamento judaico de Talmon, na Cisjordânia. Tinha cinco irmãs mais novas e era um dos líderes do movimento religioso juvenil Bnei Akiva.

O mais velho dos quatro era Eyal Yifrah, que esteve em um programa pré-militar israelense antes de se juntar à escola religiosa, em março.

Em 12 de abril, dois meses antes do sequestro, postou um vídeo em que aparece tocando violão e cantando no casamento de seu primo.

SEM REVANCHISMO

As famílias dos três israelenses emitiram um comunicado pedindo que não haja clima de vingança.

"Um assassinato é um assassinato, independente de nacionalidade ou idade, e não tem justificativa alguma", afirmam os familiares.

Mãe de Muhammad, Suha Abu Khdeir, 43, também fez uma declaração conciliadora, pedindo que não haja mais violência.

"Meu filho é muito importante para mim, como os filhos deles [israelenses] são para eles", disse a palestina.


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