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Israel prende seis suspeitos de matar jovem palestino

Mohamad Abu Khdeir, 16, foi sequestrado e queimado vivo em Jerusalém

Vídeo mostrando o que parece ser agressão a um primo da vítima por policiais israelenses acirra ânimos na região

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A polícia israelense prendeu neste domingo (6) seis suspeitos do assassinato de um adolescente palestino, sequestrado na noite de terça-feira em Jerusalém Oriental antes de ser morto.

De acordo com o site de notícias israelense "Ynet", um deles confessou o crime e apontou a participação dos outros detidos.

Para os palestinos, Mohamad Abu Khdeir, 16, foi vítima de retaliação pelo assassinato de três jovens israelenses, em junho --pelo qual Israel culpa o grupo radical Hamas.

Autoridades israelenses confirmaram que o assassinato foi cometido por motivos "nacionalistas."

A morte gerou violentos protestos na região.

"Não vamos permitir que extremistas, não importa de que lado, inflamem a região e causem derramamento de sangue", disse o primeiro-ministro de Israel Binyamin Netanyahu em pronunciamento oficial na televisão.

O adolescente foi sequestrado em Shuafat, bairro de Jerusalém Oriental. Legistas encontraram indícios de ele estava vivo ao ser queimado.

A família de Abu Khdeir afirmou ter pouca fé no sistema judicial israelense. "Eles vão apenas lhes fazer algumas perguntas e depois soltá-los. De que adianta?", disse a mãe do jovem, Suha.

As mortes levaram as relações entre palestinos e israelenses a uma nova crise, pondo em dúvida o futuro das negociações de paz.

O Exército israelense divulgou que ao menos 25 foguetes disparados da faixa de Gaza atingiram Israel neste domingo. Em resposta aos ataques, aeronaves israelenses bombardearam áreas palestinas.

De acordo com um funcionário de saúde de Gaza, dois homens foram mortos e um ficou ferido no ataque.

Após os bombardeios, porém, Netanyahu disse que deve haver cautela no acirramento dos confrontos. "A experiência nos mostra que em momentos como esses é preciso agir de forma responsável, não precipitada",afirmou.

VIOLÊNCIA POLICIAL

Outro episódio contribuiu para acirrar as tensões neste domingo. Tariq Abu Khdeir, 15, primo do palestino assassinado e que também tem nacionalidade americana, foi preso durante o funeral dele.

Acusado de atirar pedras na polícia e de ter resistido à prisão, Tariq foi solto e colocado em prisão domiciliar.

A família de Tariq, que vive na Flórida, denunciou que ele foi vítima de maus-tratos por parte da polícia.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois homens, provavelmente policiais de Israel, batendo em uma pessoa algemada e quase inconsciente. Acredita-se que a vítima seja Tariq.

O governo dos EUA destacou sua "profunda preocupação" com o caso.


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