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Israel inicia operação em Gaza, e Hamas promete que se vingará

Grupo palestino diz que reagirá a bombardeios; israelenses preveem escalada de hostilidades

Tensão é consequência da morte de 3 jovens judeus na Cisjordânia e assassinato de um palestino em retaliação

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel iniciou uma operação militar contra o grupo palestino Hamas na faixa de Gaza, chamada de "Margem Protetora". Bombas foram lançadas contra o território por volta da 1h30 desta terça (8) pela hora local, 19h30 desta segunda (7) em Brasília.

Por enquanto, a ofensiva será apenas com ataques aéreos, mas não está descartada uma invasão por terra. Ao menos nove pessoas ficaram feridas na operação, segundo autoridades palestinas.

Mais de 1.500 reservistas do Exército foram mobilizados para a fronteira.

"Estamos nos preparando para uma escalada [nas hostilidades]", declarou o porta-voz dos militares israelenses, Peter Lerner.

Outro oficial, que não se identificou, foi além, e disse que os ataques serão "cada dia piores". "Vamos aumentar os ataques para deixar claro [ao Hamas] que é do interesse deles parar de atirar foguetes", disse o militar ao jornal israelense "Haaretz".

O início da operação se dá após um dia de tensão, com mais de 80 foguetes atirados de Gaza em cidades israelenses, sem nenhum ferido. Um dos mísseis chegou a Beersheva, a 40 km de Gaza.

Os palestinos, por sua vez, acusaram Israel de matar nove pessoas em ataques aéreos, entre eles sete militantes do Hamas.

A organização prometeu vingança. "O inimigo sionista pagará um preço pesado", afirmou o porta-voz do grupo palestino, Sami Abu Zohri.

Entre os militantes mortos, seis estavam em um túnel em Rafah, cidade na fronteira entre Gaza e o Egito. O Exército de Israel nega responsabilidade por estas mortes.

A ofensiva de Israel sobre Gaza já é a maior desde 2012.

A troca de ataques é parte dos desdobramentos do assassinato de três adolescentes israelenses, cujos corpos foram encontrados na semana passada.

Em retaliação, um grupo de judeus extremistas sequestrou e queimou vivo o palestino Mohammed Abu Khdeir, 16, na terça-feira (1º).

Seis pessoas foram presas pelo assassinato no fim de semana, entre elas duas menores de idade. Três deles confessaram o crime.

Nesta segunda (7), o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, ligou para o pai da vítima, Hussein Abu Khdeir, para expressar os pêsames. "Os assassinos serão julgados e processados com todo o rigor da lei", disse.

O presidente de Israel, Shimon Peres, publicou um artigo condenando os atos de vingança dos dois lados.

"Nós temos a escolha: dar ao mundo a impressão de que racistas e extremistas estão à nossa frente, ou combatê-los até os eliminarmos", disse.

A morte de Mohammed gerou protestos em Jerusalém Oriental, onde o jovem vivia, e em outras regiões.

Os enfrentamentos entre palestinos e policiais israelenses têm marcado as manifestações.


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