Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Papa estima em 2% total de clérigos pedófilos

Francisco deu número a jornalista italiano e comparou casos a 'lepra'

Santa Sé afirma que falas do pontífice não foram retratadas com exatidão, porém nega apenas ação de cardeais

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em entrevista publicada neste domingo (13) pelo jornal italiano "La Repubblica", o papa Francisco disse que "dados confiáveis" dão conta de que 2% dos clérigos católicos são pedófilos.

Entretanto, o Vaticano afirmou que as declarações do pontífice não foram reproduzidas com exatidão e desmentiu, em especial, um trecho em que ele confirmava o envolvimento de cardeais em casos de crimes sexuais.

O artigo é a transcrição de uma conversa de cerca de uma hora mantida entre o pontífice e o fundador da publicação, o jornalista Eugenio Scalfari, um ateu que já teve alguns encontros com o pontífice. Scalfari, 90, é um dos jornalistas mais conhecidos da Itália.

"Muitos dos que lutam comigo [contra os abusos] me asseguram com estatísticas confiáveis de que o nível de pedofilia na Igreja é de cerca de 2%", afirma Francisco, na entrevista.

Também é atribuída ao pontífice uma declaração de que, enquanto muitos dos casos de pedofilia ocorrem dentro de dinâmicas familiares, "até nós temos essa lepra dentro de casa".

Segundo dados divulgados em 2012 pela Santa Sé, existem cerca de 414 mil padres católicos em todo o mundo.

RESPOSTA

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, afirmou que "nem todas" as frases que constam da reportagem podem ser atribuídas "com certeza" ao pontífice. Ele ainda acusou o "Repubblica" de tentar "manipular leitores ingênuos", mas não apontou quais teriam sido as verdadeiras declarações de Francisco.

O comunicado ainda aponta que Scalfari tem o hábito de fazer longas entrevistas com pessoas públicas sem anotar nada ou gravá-las e depois reconstruí-las de cabeça. O texto publicado neste domingo é o terceiro de uma série realizada pelo fundador do jornal.

Na semana passada, Francisco teve seu primeiro encontro com vítimas de abuso sexual praticado por padres e disse aos presentes que a Igreja deveria "chorar e reparar" os crimes que, segundo ele, teriam a proporção de "um sacrilégio".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página