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Ataque a praia de Gaza mata 4 crianças
Segundo o Exército israelense, bombardeio tinha como alvos "terroristas do Hamas"; outra criança ficou ferida
Governo de Israel aceita pedido da ONU e concederá cessar-fogo humanitário de cinco horas nesta quinta (16)
Um ataque de artilharia feito por um navio de guerra israelense matou quatro crianças e deixou outra em estado grave em uma praia em Gaza, nesta quarta-feira (16).
Os garotos mortos eram todos da mesma família. Dois tinham 10 anos, outro tinha nove e o mais velho, 11.
O Exército de Israel disse em comunicado que os alvos do ataque eram "agentes terroristas do Hamas". "As vítimas civis deste ataque são um trágico resultado", afirmaram os militares israelenses.
Após o ocorrido, Israel aceitou conceder um cessar-fogo humanitário de cinco horas, nesta quinta (17), das 10h às 15h do horário local (das 4h às 9h de Brasília).
O cessar-fogo foi pedido pela ONU ao governo israelense, depois que o Hamas recusou uma proposta egípcia de fim das hostilidades.
O governo americano também tem pressionado os dois lados a uma trégua. O presidente Obama reiterou a posição em pronunciamento pela televisão, nesta quarta (16).
Apesar do acordo de cessar-fogo humanitário, militares israelenses afirmam ser provável uma invasão por terra nos próximos dias.
"Se você quer eficiência na luta contra o terror, tem que estar presente, com as tropas em terra", disse um oficial do Exército a repórteres.
A Operação Margem Protetora, de ofensiva israelense em Gaza, teve seu nono dia, com saldo de ao menos 214 palestinos mortos e mais de 1.100 feridos. A maioria das vítimas era civil.
Do outro lado, militantes do Hamas e da Jihad Islâmica já atiraram mais de 1.215 foguetes em Israel, matando uma pessoa.
A atual crise teve início com o assassinato de três jovens israelenses e de um palestino, no fim de junho.
BRASILEIROS
Segundo o Itamaraty, nove cidadãos brasileiros foram de Gaza ao Egito, nesta quarta (16), pela fronteira de Rafah, com autorização do Ministério do Interior egípcio.
Eles foram recebidos por funcionários da Embaixada do Brasil no Cairo e transportados para a capital egípcia. Outros cinco brasileiros permanecem em Gaza.
