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OMS alerta para avanço rápido do ebola

Em reunião com líderes africanos, chefe da entidade prevê consequências catastróficas se doença não for contida

Para Margaret Chan, porém, surto pode parar se for bem gerenciado; países se dispõem a adotar medidas rígidas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em reunião de líderes africanos em Conacri, capital da Guiné, para discutir o surto de ebola na África ocidental, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a doença tem se movido mais rápido do que os esforços para contê-la, e as consequências podem ser catastróficas.

Ao mesmo tempo, segundo a chefe da OMS, Margaret Chan, o surto pode ser interrompido se as medidas para contê-lo forem bem gerenciadas, e o público em geral não corre alto risco de infecção.

No entanto, acrescentou Chan, seria "extremamente imprudente" deixar que o vírus circule amplamente por um longo período de tempo.

De acordo com o último boletim da OMS, o ebola já matou ao menos 729 desde fevereiro em países como Guiné, Libéria e Serra Leoa, no que é considerado o maior surto já registrado da doença.

Os líderes africanos reunidos em Conacri nesta sexta-feira (1º) concordaram em tomar medidas mais fortes para controlar a epidemia e evitar sua propagação para fora da região, incluindo ações para isolar as comunidades rurais devastadas pelo vírus.

"Os presidentes reconhecem a gravidade do surto e estão determinados a tomar medidas extraordinárias para deter o ebola em seus países", disse a chefe da OMS. A ajuda de emergência oferecida pela entidade é avaliada em mais de US$ 100 milhões.

Chan ressaltou que, se a situação continuar a piorar, além da perda de vidas, pode haver "severas perturbações socioeconômicas e alto risco de disseminação". Segundo ela, práticas culturais da região fazem com que as pessoas prefiram tratar os doentes em casa, o que prejudica o controle do ebola.

A diretora da OMS admitiu que os governos dos países afetados podem ser obrigados a impor restrições à circulação de pessoas e a realização de eventos públicos.

Também nesta sexta, a União Africana pediu que seja coordenada uma ação "continental e mundial" para deter a proliferação do ebola.

AMERICANOS

Dois trabalhadores humanitários americanos gravemente doentes depois de contrair o ebola na Libéria vão ser levados aos EUA e tratados em isolamento num hospital de Atlanta (sul do país).

O médico Kent Brantly, 33, e a missionária Nancy Writebol, 59, serão levados de volta aos EUA até o início da próxima semana, segundo a organização humanitária Samaritan's Purse, que atua na África. Segundo o hospital Emory de Atlanta, que receberá os pacientes, a aeronave que vai levá-los já está na Libéria. O avião equipado para levar os doentes só pode transportar um deles por vez.


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