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Nigéria suspeita de mais 8 casos de ebola
Companhia aérea britânica decide suspender voos para Libéria e Serra Leoa devido ao surto que já matou 887
Governo brasileiro pede que laboratórios do país não tentem isolar vírus; material deve ser encaminhado aos EUA
O comissário de saúde da Nigéria disse nesta terça (5) que a maior cidade do país, Lagos, registrou mais oito casos suspeitos do vírus ebola.
Todos eles são de pessoas que entraram em contato com a primeira vítima do país, o liberiano-americano Patrick Sawyer, 40, morto no mês passado após chegar de viagem da Libéria, uma das nações mais afetadas pelo surto que já matou 887 pessoas na África ocidental.
O comissário Jide Idris confirmou ainda que um dos médicos que acompanhou o tratamento de Sawyer foi infectado. Outras seis pessoas que tiveram contato com a vítima estão em quarentena, mas não manifestavam sintomas.
A missionária americana Nancy Writebol, infectada com o ebola na Libéria, chegou aos EUA nesta terça.
Ela irá continuar seu tratamento em Atlanta, onde já se encontra desde sábado (2) o médico Kent Brantly, americano que trabalhava com Nancy na Libéria antes de ser infectado com o vírus.
Ambos estão sendo submetidos a um tratamento experimental, nunca antes testado em seres humanos. Os pacientes, porém, apresentaram melhoras após o início do tratamento.
Devido ao surto na região, o mais letal em toda a história, a companhia aérea britânica British Airways suspendeu voos para Libéria e Serra Leoa até o fim de agosto. As rotas estarão "sob constante revisão nas próximas semanas", disse a empresa em nota divulgada nesta terça.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), desde fevereiro, início da atual epidemia, 1.603 pessoas contraíram o vírus do ebola.
BRASIL
O ministro Arthur Chioro (Saúde) afirmou nesta terça que o governo reforçou os critérios para diagnóstico do ebola junto aos hospitais de referência e aos gestores locais da saúde.
Chioro disse que não há, até o momento, nenhum caso suspeito de ebola no país, mas que o Brasil mantém o reforço já feito com portos e aeroportos para que passageiros suspeitos sejam encaminhados aos hospitais de referência.
Em nota divulgada nesta terça, o ministério recomenda que laboratórios brasileiros não devem tentar isolar e identificar o vírus.
A orientação é para que o sangue do paciente seja colhido e encaminhado para análise do CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças), nos EUA.