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Socialite vira vilã na China após tremor

Cruz Vermelha pede doações a vítimas sob slogan 'esqueçam Guo Meimei', símbolo de ostentação da elite chinesa

Guo, que afirmava ser 'gerente comercial' da entidade, foi presa sob acusação de chefiar rede de prostituição

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Enquanto equipes de resgate se esforçavam para ajudar os sobreviventes do terremoto que atingiu o sul da China no último domingo (3), a Cruz Vermelha chinesa divulgou um incomum apelo ao público em sua campanha por doações: "Por favor, esqueçam Guo Meimei".

Guo, 23, ficou famosa no país há três anos, por seu estilo de vida egocêntrico e extravagante, que ela exibia em "selfies" publicadas nas redes sociais. Carros esportivos, roupas de grifes de luxo e viagens de primeira classe faziam parte de seu cotidiano.

A socialite virou um fenômeno de mídia que os chineses adoravam odiar.

O que a distinguia de outros exibicionistas do jet set chinês é que Guo Meimei ("linda linda", em mandarim) não era de família rica ou empresária de sucesso, mas se dizia "gerente comercial" da Cruz Vermelha.

Sua vida de ostentações provocou uma onda de indignação no país e uma queda drástica nas doações à Cruz Vermelha chinesa, que ficou com a imagem seriamente abalada no país --a organização negou ligação com Guo.

No domingo, mesmo dia do terremoto que deixou cerca de 400 mortos, a moça voltou a ficar em evidência, mas numa situação totalmente diferente. Sem maquiagem, vestindo um uniforme laranja de presidiários, ela apareceu na TV estatal para uma confissão pública, humilhação comum para quem cai em desgraça na China.

"Quero oferecer profundas desculpas à Cruz Vermelha", disse Guo. "E desculpas ainda mais profundas (...) às vítimas não resgatadas. Por causa de minha vaidade, cometi um grande erro."

Detida sob a acusação de gerenciar uma rede de prostituição e apostas ilegais, Guo ainda não foi julgada. Ela contou que fez fortuna como garota de programa. Cobrava até 100 mil yuans (R$ 37 mil) por encontro.


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