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Ebola provoca divergência entre Itamaraty e Saúde

Após recomendar que não se viaje a países afetados, diplomacia retira nota

Orientação contrariava Saúde, que alertou Relações Exteriores a seguir OMS e não fazer restrições de viagens

DE BRASÍLIA

Orientações divergentes sobre o ebola causaram um bate-cabeça entre o Ministério da Saúde e o Itamaraty nesta quarta-feira (6).

O Itamaraty precisou retirar de seu site oficial uma nota em que recomendava que brasileiros evitassem viagens não-essenciais aos países afetados pelo vírus ebola.

A mensagem, disponível no portal do órgão desde terça-feira (5), trazia uma orientação diferente daquela distribuída pelo Ministério da Saúde, que não estabeleceu, pelo menos até o momento, restrições para viagens aos países afetados pelo ebola (Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria), desde que observados certos cuidados pessoais.

A Saúde apenas recomenda que brasileiros evitem as áreas rurais diretamente atingidas pela doença.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde, no início da noite desta quarta (6), sobre a divergência.

Duas horas depois, a Saúde respondeu que, após a consulta da Folha, as áreas técnicas dos ministérios conversaram e chegaram a uma posição comum: "Não há orientação neste momento para restrição de viagens, e as medidas sanitárias devem seguir recomendações da Organização Mundial da Saúde e de autoridades locais".

Após a resposta, a reportagem procurou o Itamaraty, que confirmou a conversa. Segundo a pasta, a nota foi retirada do ar para "harmonização de entendimentos entre os órgãos do governo".

EXPERIMENTO

A OMS (Organização Mundial de Saúde) consultará especialistas em ética médica sobre a possibilidade de adotar, em larga escala, drogas experimentais no tratamento do ebola, segundo anúncio feito nesta quarta (6).

Um dos medicamentos, só testado em animais, foi usado em dois voluntários americanos que contraíram a doença. Eles demonstraram melhoras no quadro clínico após o início do tratamento.

A medida pode se tornar uma resposta ao maior surto da doença na história.

Nesta quarta, foi registrada a segunda morte pela doença na Nigéria, onde já há sete casos. O temor é que o vírus se espalhe pelo país, o mais populoso da África.

Na Arábia Saudita, as autoridades avaliam se a morte de um homem foi provocada pelo ebola. O paciente havia viajado a Serra Leoa.


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