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Urbanização africana deu gás a avanço do ebola
Região afetada possui alto fluxo de pessoas
O desenvolvimento urbano da África contribuiu para ampliar a atual epidemia do ebola, informa reportagem publicada pelo jornal americano "New York Times" neste domingo (10).
Com 1.779 casos e 961 mortes, a atual crise já supera as anteriores somadas.
Diferentemente de surtos anteriores, que atingiram lugares isolados, o atual atinge uma região de fronteira, com estradas recém-reformadas e grande fluxo de pessoas. Muitas das viagens são feitas em mototáxis e ônibus lotados, o que facilita o contágio.
O ineditismo da doença na região também agrava a situação, pois atrasa diagnósticos e prejudica a prevenção por parte dos próprios profissionais de saúde.
O "NYT" trata também de um relatório do semanário "The New England Journal of Medicine" que aponta que o "paciente zero" da atual epidemia foi um menino de dois anos que vivia no sul da Guiné e que morreu em 6 de dezembro do ano passado, perto das fronteiras com Libéria e Serra Leoa.
Ele contaminou a irmã, a mãe e a avó, que morreram nas semanas seguintes. Duas pessoas presentes ao funeral da avó levaram o vírus a seu vilarejo e infectaram agentes de saúde que, sem o diagnóstico correto, o repassaram a pacientes de outras cidades.