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Casal australiano nega abandono de bebê

Pai biológico admite ter atacado meninas, mas diz que já não representa nenhum risco

DA AFP, EM PERTH (AUSTRÁLIA)

O casal australiano acusado de ter abandonado um recém-nascido portador de síndrome de Down na Tailândia falou do caso pela primeira vez, neste domingo (10).

Em entrevista ao canal Nine, da Austrália, David Farnell, o pai biológico, e a mulher dele, Wendy, afirmaram que queriam ter levado não só a menina como também o irmão gêmeo dela, Gammy.

O bebê de sete meses está sob a guarda de Pattaramon Chanbua, a tailandesa de 21 anos que serviu de barriga de aluguel ao casal.

Na versão da tailandesa, quando souberam do diagnóstico de Down, no sétimo mês de gestação, os australianos se ofereceram para pagar por um aborto, que ela recusou porque o procedimento é ilegal no país, budista.

Segundo ela, quando as crianças nasceram, em dezembro, o casal deixou Gammy para trás. Pattaramon, mãe de dois, assumiu o menino e, com doações, acompanha o tratamento dele.

Já os australianos disseram que, depois de dar à luz, Pattaramon decidiu ficar com os dois bebês e amaçou chamar a polícia caso eles insistissem em levá-los. Temendo não levar nenhum, os australianos, dizem, convenceram a tailandesa a entregar-lhes a menina, Pipah. "Nunca o abandonamos [Gammy] nem pedimos que a mãe de aluguel abortasse", disse Farnell.

O casal disse que, durante a gestação, a agência que intermediou seu contato com a tailandesa lhes informou apenas que o menino tinha uma doença cardíaca e, segundo médicos, não sobreviveria.

Na entrevista, Farnell também admitiu ter cumprido pena de prisão no fim dos anos 1990 por crimes sexuais envolvendo três meninas com menos de 13 anos de idade. "Eu fui condenado por agressões sexuais a crianças e trago minha cabeça baixa, por vergonha, por causa disso."

Os casos provocaram choque internacional, mas o homem afirmou que já não representa risco a crianças.

Os dois, que vivem na cidade australiana de Bunbury, reconheceram que não tiveram notícias de Gammy desde que deixaram a Tailândia.

"Estávamos tentando garantir que Pipah estivesse a salvo, e que ninguém tentaria tirá-la de nós", disse o pai. "Quando tivermos certeza de que ela está segura conosco, poderemos tentar ter o menino de volta."

Pattaramon afirma que teme pela segurança de Pipah e que a quer de volta, e o governo da Austrália já se disse disposto a conceder cidadania a Gammy.


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