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Fiéis em países afetados buscam intervenção divina contra surto

DA REUTERS

Apesar da proibição de reuniões públicas em razão da epidemia do ebola, pessoas na Libéria e em Serra Leoa têm lotado igrejas e organizado orações para buscar a "libertação" do surto.

Na capital liberiana, Monróvia, há quem compare a epidemia do vírus à guerra civil que matou quase 250 mil no país entre 1989 e 2003.

"Todo mundo está com medo", diz Martee Jones Seator, na Igreja Luterana de São Pedro. "Mas o ebola não vai abalar nossa fé de maneira alguma, porque já passamos por momentos difíceis."

Com nenhum outro tratamento disponível, igrejas da cidade providenciam baldes de plástico contendo água com cloro para os fiéis desinfetarem suas mãos. Nos cultos, pastores recomendam que as instruções dos agentes de saúde sejam seguidas.

"Estamos com problemas", grita do altar o reverendo Marcus MacKay, usando um traje verde do tipo que internados em hospitais usam. "Mas vocês sabem o quê? De jeito nenhum o Diabo vai fazer o seu trabalho!"

Grupos como a Rede de Mulheres Construindo a Paz também organizam orações a céu aberto, pedindo a intervenção de Deus para conter a propagação do ebola.

As medidas de quarentena em comunidades afetadas atingiram o abastecimento de alimentos. Em Freetown, capital de Serra Leoa, o bispo Abu Aiah Koroma, da igreja evangélica Flaming Bible (Bíblia Flamejante, em tradução livre), conta que os aumentos de preços estão destruindo a economia leonesa.

Em meio a gritos de "Aleluia!" e "Amém!", Koroma, que classifica o ebola como "um demônio", pede penitência "para erradicar essa praga do nosso país".


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