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Papa pede que Coreias voltem a se reconciliar

Francisco aterrissa em Seul minutos após Pyongyang disparar mísseis

Nesta sexta, pontífice viajou em trem de alta velocidade para encontro da Jornada da Juventude Asiática

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Francisco pediu nesta quinta-feira (14) que as Coreias do Norte e do Sul se reconciliem e estabeleçam a paz, em seu primeiro dia de visita a Seul.

O pontífice aterrissou às 10h15 (22h15 de quarta em Brasília), 20 minutos após Pyongyang ter lançado o terceiro míssil do dia de Wonsan, cidade no mar do Japão.

Os norte-coreanos ainda disparariam outros dois mísseis. Em geral, os tiros são uma ameaça de Pyongyang a Seul e a seus aliados, em especial os Estados Unidos.

Durante encontro com a presidente Park Geun-hye, Francisco disse esperar "do fundo do coração" que os dois países se reconciliem usando meios pacíficos.

"A diplomacia se baseia na convicção firme e perseverante de que se pode alcançar a paz através da escuta tranquila e do diálogo, mais do que através de recriminações mútuas, críticas estéreis e mobilização de forças."

Em seu discurso, porém, Francisco evitou citar diretamente o regime do ditador Kim Jong-un, apesar de ter se referido a "injustiças, perseguições e mobilização de forças", no que seria uma repreensão ao país comunista.

O papa também deu condolências às famílias das vítimas do naufrágio Sewol.

No acidente, em 16 de abril, mais de 300 pessoas morreram, em sua maioria crianças. Ele também recebeu dois desertores norte-coreanos.

Nesta sexta, Francisco usou um trem de alta velocidade para ir à cidade de Daejeon, no centro do país, encontrar jovens católicos reunidos na versão asiática do Dia Mundial da Juventude.

A paz nas Coreias deverá voltar à tona na segunda (18), quando o papa celebrará uma missa de "paz e reconciliação" na catedral de Myeodongdong, em Seul.

Antes, beatificará o religioso Paul Yun Ji-chung e outros 123 cristãos que foram mortos por soldados da dinastia Joseon enquanto rezavam para Cristo e Maria, em 1791.

No domingo, ele também se reúne com bispos asiáticos e celebrará a missa de encerramento da Jornada da Juventude Asiática, em Haemi.

PERSEGUIÇÃO

Desde o fim do domínio japonês, em 1945, os sul-coreanos gozam de liberdade religiosa. A repressão a todas as religiões continua no vizinho comunista do norte.

Na Coreia do Sul, os cristãos são mais numerosos que os budistas, em especial os evangélicos. Esta é a primeira visita do líder da Igreja Católica ao país em 25 anos.

A visita de Francisco é vista como uma forma de aumentar o número de católicos na Ásia, considerada a nova fronteira da fé mundial pelo Vaticano.

A imagem de simpatia e simplicidade do pontífice já começa a conquistar os sul-coreanos. O assunto mais comentado foi o carro usado por Francisco como papamóvel.

Num país onde os sedãs médios e de luxo são populares, o papa preferiu utilizar um veículo compacto


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