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Após morte de jornalista, Obama pede fim de milícia

Presidente americano comparou facção radical Estado Islâmico a câncer

Jornalista americano James Foley teve sua decapitação filmada pela milícia, que atua no Iraque e na Síria

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Ao confirmar nesta quarta-feira (20) a morte do jornalista americano James Foley pela milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria, o presidente Barack Obama disse que governos do Oriente Médio devem fazer um esforço comum para "extrair o câncer" representado pela facção, "antes que ele se espalhe".

Segundo Obama, o mundo todo ficou "aterrorizado" com a brutalidade do assassinato de Foley, que foi decapitado em frente a uma câmera. O jornalista de 40 anos, que trabalhava para a agência France Presse e o site americano "Global Post", tinha sido sequestrado em novembro de 2012, também na Síria.

"Uma coisa que todos concordamos é que não há espaço para um grupo como o ISIL [sigla usada pelo governo americano para o EI] no século 21", disse Obama.

"Os EUA vão continuar a fazer o que for preciso para proteger seu povo", afirmou, convocando a população iraquiana a seguir ajudando na "expulsão dos terroristas".

Pouco antes de ser decapitado, o jornalista foi obrigado a falar no vídeo que seu "verdadeiro assassino" era o governo americano, por ter ordenado ataques aéreos contra a milícia no Iraque. Sua morte seria uma retaliação à ofensiva dos EUA.

O integrante do EI que mata Foley no vídeo seria um britânico alistado para cuidar de reféns ocidentais. O Reino Unido estaria tentando identificá-lo, e o premiê, David Cameron, classificou a execução como "brutal e bárbara".

Washington autorizou ataques para conter o avanço da facção radical sunita, cujo objetivo é criar um regime islâmico em territórios da Síria e do Iraque. Nas últimas semanas, eles tomaram cidades e mataram centenas de membros da etnia yazidi no país.

Segundo o "New York Times", uma equipe de operações especiais teria tentado, sem sucesso, resgatar o jornalista na Síria há cerca de dois meses. Militares foram enviados, segundo fontes do governo, para uma região remota do país onde agentes de inteligência acreditavam haver vários reféns. Ao chegarem ao local, contudo, só encontraram rebeldes.

Em uma entrevista emocionada em New Hampshire, os pais do jornalista, John e Diane Foley, disseram que o filho foi "corajoso até o fim" e que está "finalmente livre".

O YouTube anunciou estar removendo os links com o vídeo da decapitação, e o Twitter suspendeu contas que compartilham as imagens.

Outras facções radicais já fizeram vídeos de assassinatos de jornalistas americanos. Um deles foi o de Daniel Pearl, decapitado por paquistaneses da Al-Qaeda em 2002.


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