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Rebeldes tomam ligação entre Israel e Síria nas colinas de Golã

Milícia ligada à Al Qaeda participou de confronto que matou 24

ONU condena mortes transformadas em 'espetáculo comum' nas regiões sírias em poder do Estado Islâmico

DE SÃO PAULO

Rebeldes sírios, incluindo uma facção ligada à rede terrorista Al Qaeda controlaram nesta quarta-feira (27) o posto de Quneitra, único ponto em que é permitida o acesso da Síria para Israel.

A ligação, que fica nas colinas de Golã, chegou a ser controlada por rebeldes no ano passado, mas havia sido retomada pelo Exército sírio.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ao menos 20 soldados e quatro insurgentes da Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda, foram mortos no conflito. Um soldado israelense também foi atingido uma bala perdida.

Em represália, o Estado judaico atacou duas posições do Exército sírio em Golã. A retaliação não impediu que continuassem os confrontos.

A travessia de Quneitra é monitorada pela ONU desde que a região foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Os drusos israelenses são os principais usuários da passagem.

ASSASSINATOS

Nesta quarta (27), a Comissão de Direitos Humanos da ONU chamou a atenção para a ocorrência de assassinatos e outros tipos de crimes hediondos em público nas áreas dominadas pela milícia radical Estado Islâmico (EI).

Nas exibições, realizadas às sextas, também se mostram amputações e chicotadas contra inimigos nas Províncias de Raqqa e Aleppo, no norte da Síria.

"Assassinatos em espaços públicos se transformaram em espetáculo habitual", afirma relatório da comissão, chefiada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

Em fotos postadas em redes sociais, membros do Estado Islâmico mostram que assassinaram soldados do Exército sírio e que mantêm outros integrantes das tropas como reféns, após a tomada de uma base aérea.

Ao menos 346 extremistas e 170 militares morreram em cinco dias de combate.

Ainda nesta quarta, a mãe do jornalista americano Steven Sotloff, 31, fez um apelo ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, para que liberte seu filho.

"Nenhum indivíduo deveria ser punido por acontecimentos que não pode controlar", diz Shirley Sotloff, que se referiu a Bagdhadi pelo título de "califa", que o líder radical se autoconferiu.

Na mensagem, Shirley pede a ele que "use sua autoridade para poupar a vida [do jornalista] e seguir o exemplo de Maomé, que protegia os Povos do Livro", referência a cristãos e judeus no Alcorão.


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