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Venezuela prende 232 por suposto contrabando
Governo tenta conter escassez de produtos
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, disse nesta sexta-feira (29) que 232 pessoas foram presas entre os últimos dias 12 e 28 sob acusação de contrabando de alimentos, de combustível e outros produtos. "É uma resposta aos delitos que atentam contra a segurança alimentar do país", disse.
O contrabando é impulsionado pelo controle de preços feito pelo governo sobre itens básicos. As mercadorias são compradas por valor subsidiado e revendidas mais caras sobretudo na Colômbia.
Cerca de 40 milhões de litros de gasolina e mais de 20 mil toneladas de alimentos já foram apreendidos na fronteira. Suspeita-se que a atividade esteja financiando o narcotráfico colombiano.
A situação se tornou tão grave que o governo de Nicolás Maduro decidiu fechar a fronteira com a Colômbia para a passagem de veículos à noite. Dos 232 detidos, ao menos 21 são militares que teriam facilitado o trânsito de contrabandistas.
Outra medida de Caracas é a criação de um sistema biométrico em supermercados e farmácias, a ser posto em prática até dezembro, para limitar compras individuais. O registro também se deve à escassez de produtos que dependem de importação.
Nesta sexta, Maduro disse que o sistema existirá para "garantir os produtos na mesa diária dos venezuelanos", apesar dos protestos.