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Estado Islâmico diz ter decapitado mais um jornalista americano

Em vídeo, miliciano corta cabeça de homem que seria Steven Sotloff, sequestrado na Síria em 2013

Carrasco diz que morte é resposta à "política arrogante" do governo americano e ameaça assassinar britânico

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Estado Islâmico divulgou nesta terça-feira (2) um vídeo que mostraria a decapitação do jornalista americano Steven Sotloff, 31.

As imagens foram divulgadas pelo grupo SITE, de monitoração de atividades terroristas, como verdadeiras. A autenticidade, porém, ainda não fora confirmada por nenhuma autoridade até a conclusão desta edição.

Se for autêntico, o vídeo registra a execução do segundo jornalista americano pela milícia radical em apenas duas semanas.

No vídeo, um homem que se identifica como Sotloff aparece em uma área desértica, levada por um miliciano. Ele lê uma mensagem crítica à política do presidente americano Barack Obama no Oriente Médio.

"Obama, sua política de intervenção no Iraque supostamente serve para preservar as vidas e os interesses dos americanos, então por que eu pago o preço desta interferência com a minha vida?".

Em seguida, é a vez de o carrasco falar. Ele dá a entender ser a mesma pessoa que matou James Foley, 40, cuja decapitação foi divulgada em 19 de agosto.

Usando inglês com sotaque britânico, o miliciano atribui a morte do novo jornalista aos bombardeios dos Estados Unidos a posições do Estado Islâmico no Iraque nas últimas semanas.

"Voltei, Obama, e estou de volta por causa de sua política externa arrogante, por sua insistência em continuar seus bombardeios (...), apesar de nossas advertências".

Depois, aponta a faca para o pescoço de Sotloff. "Então, enquanto seus mísseis continuarem a atingir nosso povo, nossas facas seguirão a atingir os pescoços de seu povo".

A cabeça do homem é cortada com a faca, e a gravação é interrompida. Em seguida, o carrasco aparece com o britânico David Haines, que, segundo ele, será o próximo a morrer.

Sotloff foi sequestrado em agosto de 2013, enquanto fazia reportagens sobre a guerra civil na Síria perto de Aleppo, no norte do país.

Não há informações sobre a data do vídeo.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que as imagens estavam sob análise. A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, disse que o país "ficará enojado" caso se confirme a decapitação.

Aliados europeus dos Estados Unidos, como Alemanha, Itália, França e Reino Unido, também mostraram sua indignação.

"Se for confirmado, trata-se de um assassinato vil e bárbaro", disse o premiê britânico, David Cameron.

Parentes do jornalista pediram privacidade à imprensa e disseram que não vão se pronunciar durante o luto.

Na última quinta (28), a mãe de Sotloff, Shirley, pediu que o chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, libertasse o repórter. "Espero que o califa use sua autoridade para poupar meu filho".

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça (2) que irão enviar ao Iraque mais 350 soldados, para proteger a embaixada em Bagdá. Também serão enviados oficiais de alta patente para "construir uma parceria regional mais forte".

Com a medida, o número de militares americanos no Iraque sobe para 1.000. O presidente Obama aprovou o envio dos soldados seguindo um pedido do Departamento de Estado. Os militares não servirão em combate.

Também nesta terça, um militar americano disse que o Exército realizou mais ataques a posições do EI no Iraque, na segunda (1º), perto da represa de Mossul.


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