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Ucrânia e rebeldes anunciam cessar-fogo

Governo ucraniano e separatistas pró-Rússia fazem acordo após pressão do Ocidente e proposta de paz de Putin

Líder insurgente diz que trégua não será fim de plano separatista; UE anunciará novas sanções contra Rússia

LEANDRO COLON DE LONDRES

O governo da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia anunciaram nesta sexta-feira (5) um cessar-fogo no conflito no leste do país.

Pela trégua estabelecida, numa reunião na vizinha Belarus, os dois lados suspenderam ações militares na região a partir das 18h de sexta do horário local (12h em Brasília). Eles agora negociarão um acordo político definitivo para regiões no leste do país.

Esse foi o passo mais significativo, até agora, para encerrar os embates que já mataram ao menos 2.600 pessoas nos últimos cinco meses.

O presidente americano, Barack Obama, não se mostrou otimista, mas afirmou que isso é resultado das sanções econômicas impostas contra a Rússia, acusada de apoiar os separatistas.

Ao que tudo indica, não houve avanço concreto sobre o futuro de áreas sob controle dos rebeldes, como as cidades de Donetsk e Lugansk, o que limita uma celebração de vitória pela Ucrânia. Poucos detalhes do acordo haviam sido divulgados até a noite passada.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse que aceitará dialogar para descentralizar o poder na região, reivindicação da população local, que fala russo.

O dirigente, eleito em maio durante a crise, afirmou ter ordenado a suspensão de ofensiva a partir do horário estabelecido pelos dois lados no encontro em Belarus.

Os rebeldes pró-Rússia confirmaram o acordo, mas ressaltaram que isso não muda o plano separatista.

A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) deve monitorar o cumprimento do cessar-fogo, anunciado dois dias após conversa entre Poroshenko e o líder russo Vladimir Putin, que nega acusação de apoiar os rebeldes. Representantes do governo russo acompanharam a negociação.

Enquanto a trégua era anunciada, a Otan concluía cúpula no País de Gales, tendo como convidado especial o ucraniano Poroshenko. A aliança de potências ocidentais anunciou a criação de nova força militar no leste europeu, com 5.000 soldados, para "reação rápida" caso necessário, sobretudo em relação à Ucrânia e a partes de Síria e Iraque onde atua a milícia radical Estado Islâmico.

"O momento de segurança que enfrentamos é mais imprevisível do que nunca", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.

Apesar do cessar-fogo, fontes da União Europeia informaram que o bloco decidiu impor mais sanções contra a Rússia. A nova rodada deve atingir exportações, financiamentos e liberação de vistos.


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