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Bomba em metrô no Chile deixa 14 feridos

Artefato explodiu em estação movimentada da capital, Santiago; governo diz que atentado é ato de terrorismo

Principal suspeita recai sobre movimentos anarquistas; chegada de aniversário de golpe traz tensão ao país

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

A explosão de uma bomba deixou 14 feridos na tarde desta segunda-feira (8) em um centro comercial de uma estação do metrô de Santiago, no Chile. O governo acredita que foi um ato terrorista.

Nenhuma das vítimas corre risco de morrer. Os casos mais graves são os de uma mulher que perdeu um dos dedos da mão e de um homem que teve uma fratura exposta. Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ato.

O atentado aconteceu às 14h da segunda (mesmo horário em Brasília). A bomba, que tinha um relógio acoplado, foi colocada em um cesto de lixo do estabelecimento.

A estação atingida é a Escola Militar, em Las Condes, bairro turístico que concentra hotéis e shoppings.

Segundo o promotor Francisco Bravo, essa bomba é igual a uma que explodiu no dia 14 de julho em uma outra estação, Los Dominicos, também em Las Condes.

No entanto, a assessoria de imprensa do Ministério do Interior e da Segurança Nacional disse que não se pode relacionar os acontecimentos, pelo menos por enquanto.

Bravo qualificou o atentado como o mais grave dos últimos anos, já que havia intenção de atingir muita gente --a bomba foi colocada em um local de alta circulação.

Mahmud Aleuy, o subsecretário do Interior, afirmou que câmeras de segurança mostram dois suspeitos que colocaram o dispositivo em um cesto de metal e depois escaparam em um carro.

O ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, afirmou que o sistema preventivo está sendo incrementado para evitar novas explosões no metrô e na cidade. O metrô chegou a fechar, mas voltou a funcionar ainda na segunda.

A presidente Michelle Bachelet visitou as vítimas do atentado no hospital e depois afirmou que o atentado "é muito grave" e que irá aplicar "todo o peso da lei".

Ela afirmou, no entanto, que o Chile é um país seguro e que deve encomendar uma campanha pública para que as pessoas estejam atentas a situações duvidosas.

Autoridades do governo afirmaram que, por se tratar de um ato terrorista, vão aplicar a lei correspondente.

A presidente declarou que a explosão é "claramente um ato terrorista, mas daí a dizer que há terrorismo no Chile, acho que não corresponde [aos fatos]".

Ela explicou também que nesta terça irá se formar um comitê de segurança, que irá incluir membros de outros poderes do Estado, como o Ministério Público, para "revistar toda a informação pertinente e tomar as medidas que correspondam".

Na noite de segunda já havia reuniões da cúpula da segurança chilena para decidir quais seriam os próximos passos da investigação.

ANIVERSÁRIO DO GOLPE

Segundo dados da polícia chilena, 18 bombas explodiram só neste ano em Santiago, mas nenhuma teve a gravidade da desta segunda.

Por esses atos anteriores, estavam sendo investigados grupos anarquistas.

O governo espera que os ativistas voltem a atacar até a próxima quinta (11), quando completam 41 anos do golpe liderado por Augusto Pinochet contra o presidente socialista Salvador Allende.

No regime, milhares de pessoas foram assassinadas, presas e torturadas. Desde 1990, quando foi restabelecida a democracia, o aniversário do início da ditadura é um conhecido por ser um dia tenso e com confrontos entre manifestantes e a polícia.


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