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Após ataque, Chile endurecerá lei antiterror

Michelle Bachelet quer alterar legislação para poder prender e condenar responsáveis por explosão em metrô

Polícia monta esquema para evitar incidentes nesta quinta (11), data de aniversário de golpe de Augusto Pinochet

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

Após o atentado a uma estação de metrô em Santiago, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou que vai rever a lei antiterrorismo do país para poder deter e condenar os responsáveis.

Na manhã desta terça (9), ela se reuniu com diferentes esferas da polícia, do Ministério Público, da Suprema Corte e seus ministros para discutir o assunto.

"Fizemos uma revisão de vazios legais que muitas vezes dificultam uma resposta mais eficaz [aos atentados]. Falo concretamente de modificações na lei antiterrorista que um grupo de especialistas está preparando e que vão levar rapidamente ao Parlamento", afirmou Bachelet.

O procurador Sabas Chachuán também fez críticas ao texto, dizendo que "a lei atual não é boa". "Deve ser modificada em vários aspectos, começando com a definição da motivação terrorista [leia quadro ao lado]."

Bachelet também citou possíveis alterações nas leis de inteligência e no controle de armas e explosivos.

O ato deixou 14 feridos, mas nenhum corre risco de morrer. Nove já receberam alta; das cinco ainda internadas, uma teve o dedo médio amputado.

A mãe da presidente estava na região da estação de metrô Escola Militar, onde explodiu a bomba.

A polícia trabalha com a tese de que foram pelo menos três os autores do atentado, mas ninguém foi preso.

Na segunda (8), os suspeitos eram uma dupla que teria deixado a bomba em um cesto de lixo e fugido. Nesta terça (9) foi divulgado um vídeo de um carro vermelho que teria sido usado na fuga.

A gerência do centro comercial dentro da estação, onde aconteceu o atentado, entregou imagens de 21 câmeras que monitoram a região. O diretor do estabelecimento afirmou que havia três seguranças trabalhando, mas que ninguém viu nenhum movimento suspeito.

O procurador Chachuán disse que os responsáveis parecem ser "grupos antissistema, que atuam em células".

Depois da explosão, houve pelo menos cinco avisos de objetos suspeitos pela cidade, mas nenhum era um artefato explosivo.

11 DE SETEMBRO

Pelo menos quatro países (Canadá, Austrália, Reino Unido e Espanha) emitiram alertas aos seus cidadãos para que tenham precaução ao usar o metrô em Santiago. Os avisos foram colocados nos sites das chancelarias.

A próxima quinta (11) marca os 41 anos do golpe de Estado de Augusto Pinochet, e a polícia está tomando precauções para o dia. O plano de prevenção a possíveis incidentes na data começa na noite desta quarta. O efetivo nas ruas irá aumentar, e pneus abandonados serão recolhidos para que não sejam usados em barricadas.


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