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Ebola dobra infecções em país africano

Surto da doença, sem relação com epidemia na África Ocidental, avança na República Democrática do Congo

Segundo a OMS, o ebola que atinge a RDC é uma variante do vírus que já matou mais de 2.000 pessoas no oeste

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O vírus do ebola infectou 62 pessoas na República Democrática do Congo (RDC), das quais 35 morreram, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com o órgão, o surto no país não tem relação com a epidemia que já infectou mais de 4.000 pessoas na África Ocidental. O vírus que circula na RDC é uma variante do que afeta Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria.

Entre os dias 2 e 9 de setembro, foram registrados 31 novos casos, incluindo nove profissionais de saúde.

Para conter a doença, o governo do país está vigiando as fronteiras e fazendo uma campanha de conscientização com a população.

Este surto teria começado quando uma mulher cozinhou um animal selvagem infectado pelo vírus.

Trata-se do sétimo surto que atinge a RDC (antigo Zaire) desde 1976, quando a doença surgiu. O ebola emergiu no Zaire e no Sudão do Sul (na época, Sudão), em surtos praticamente simultâneos.

A OMS não recomenda nenhuma restrição de viagens ou comércio, exceto para pessoas com infecção confirmada ou suspeita.

O ebola está concentrado no distrito de Boende, no noroeste do país.

EFEITOS

A epidemia que atinge os países da África Ocidental também afeta sua economia.

Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o crescimento da economia de Libéria e Serra Leoa pode diminuir em até 3,5 pontos percentuais, devido ao impacto do surto na agricultura e na mineração nos países.

"Os maiores setores dessas já frágeis economias estão sendo afetados", disse Bill Murray, porta-voz do FMI.

Segundo a instituição, o crescimento econômico em Serra Leoa deve cair para 8%. Neste ano, o crescimento foi de 11,3%. Já a Libéria deve ter crescimento de 2,5%, em comparação a 5,9% em 2014.

O ministro da Economia da Libéria, Amara Konneh, disse que o surto está ameaçando a recuperação pós-guerra civil do país. Segundo ele, a produção de comida, a mineração e o setor de serviços estão em queda.

"As empresas têm reduzido operações conforme os estrangeiros deixam o país por medo do ebola", disse. "Instituições estão reduzindo operações para manter o menor número de trabalhadores possível e evitar o contato próximo nos locais de trabalho", afirmou Konneh.

Na Guiné, o impacto deve ser menor. O crescimento previsto para o próximo ano é de 2,4%. Neste ano, foi de 3,5%.


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