Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
EUA enviam 3.000 soldados contra ebola
Libéria, país mais afetado pelo surto na África, receberá americanos para construção de centros de tratamento
Banco Mundial aprova doação de US$ 105 mi às nações atingidas; ONU, porém, diz que será preciso US$ 1 bilhão
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça (16) que enviarão 3.000 soldados à Libéria para ajudar a controlar o surto de ebola. O país é o mais afetado pela epidemia, que já matou 2.461 pessoas na África ocidental, segundo o balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça.
Em encontro com médicos do hospital que tratou dois americanos infectados na Libéria, o presidente Barack Obama disse que a epidemia "está fora de controle".
Os soldados americanos irão trabalhar na construção de 17 centros de tratamento com cem leitos cada, um centro militar de controle na capital, Monróvia, e no treinamento de agentes de saúde.
Desde o último dia 5, a OMS não divulga nenhuma estimativa de casos ou mortes pelo ebola na Libéria. A diretora-geral da entidade, Margaret Chan, disse que não há um único leito disponível para infectados no país.
O vírus também provocou mortes em Serra Leoa, Guiné e Nigéria. Segundo o último balanço da OMS, 4.985 casos da doença foram registrados.
O surto que atinge a República Democrática do Congo, onde 62 casos e 35 mortes ocorreram, é causado por outra variante do ebola.
Em meio à escalada de mortes --40% delas somente nos últimos 21 dias--, a Casa Branca pediu mais US$ 88 milhões ao Congresso dos EUA, elevando o montante da ajuda americana aos países afetados para US$ 250 milhões.
O Banco Mundial aprovou nesta terça uma doação de US$ 105 milhões às três nações mais atingidas --Libéria, Guiné e Serra Leoa.
A ONU, porém, solicitou que US$ 1 bilhão fosse doado aos três países. A entidade calcula que 22,3 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas pelo ebola.
A OMS afirma que precisa de equipes médicas estrangeiras com 500 a 600 especialistas, e de pelo menos 10 mil agentes de saúde.
Até agora, apenas Cuba e China anunciaram o envio de médicos, ambos com destino a Serra Leoa. O país latino-americano irá enviar 165 pessoas, enquanto Pequim contribuirá com 174 profissionais e um laboratório móvel.