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Imigração regularizada cresce 660% na Argentina

Aumento de vistos de residência em dez anos é atribuído a benefícios e Mercosul

Maioria (82,5%) dos novos habitantes vem do Paraguai, do Peru e da Bolívia; Brasil fica na quarta posição

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

No intervalo dos últimos dez anos, o número de imigrantes que obtiveram visto de residência permanente na Argentina aumentou 660%, segundo dados da Diretoria Nacional de Migrações.

Em 2004, foram menos de 18 mil. No ano passado, o número superou 138 mil.

No período, cerca de 807 mil imigrantes conseguiram o papel, com o qual podem trabalhar legalmente e ter acesso aos benefícios sociais.

Em um país com 40,1 milhões de habitantes, isso representa 2% da população.

Segundo Diego Morales, do Cels (Centro de Estudos Legais e Sociais), o Mercosul explica, em parte, esse movimento. O acordo facilita a circulação de pessoas entre os países e elimina a exigência, para os nascidos em nações do grupo ou associadas (caso da Bolívia), de emprego para obtenção do visto.

O padre Toto, 48, vive e trabalha na Villa 21, favela no sul de Buenos Aires com cerca de 60 mil habitantes. Ali, muitos vieram do Paraguai, da Bolívia e do Peru.

Benefícios sociais, como atendimento médico, também favorecem a imigração.

É o que trouxe o aposentado Adriano Rojas Aguire, 66, que há três anos veio de Yuty, no Paraguai, para a Villa 21. Seu amigo Andrés Vera, 59, está há dez anos na Argentina e trabalhou como pedreiro. "Muita gente que vem [do Paraguai] é do campo, que está sendo tomado por produtores de soja, cultura que só emprega máquinas", afirma Vera.

Morales, do Cels, diz que a partir de 2005 o país passou a facilitar a concessão de residência permanente com o programa "Pátria Grande". Com ele, pessoas que estivessem ilegais no país podiam regularizar sua situação.


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