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Em NY, Dilma diz 'lamentar' bombardeio

Presidente afirma que a melhor forma de lidar com a Síria é o diálogo, com intermediação das Nações Unidas

Crítica à ação liderada pelos EUA deve estar em discurso que ela fará na Assembleia Geral da ONU nesta quarta (24)

DE NOVA YORK DO ENVIADO A NOVA YORK

Horas depois de confirmado o primeiro ataque a alvos da milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em Nova York, "lamentar enormemente" o bombardeio liderado pelos EUA.

"Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão nos dois lados e não acreditamos que seja eficaz", disse a presidente, logo após discursar na Cúpula do Clima na ONU. Ela ocupou o púlpito horas antes do discurso de Barack Obama na conferência.

Segundo Dilma, em grandes conflitos recentes em que foi aplicada uma solução armada houve apenas "uma consequência: a perda de vidas humanas dos dois lados".

"Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas causam enormes prejuízos e turbulências", disse a presidente, enumerando os casos de Iraque e Líbia, e ainda a faixa de Gaza. "O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU."

Dilma aproveitou o ataque para criticar a "paralisia" do Conselho de Segurança da ONU diante da crise na Síria e defender a ampliação de assentos no órgão --bandeira sempre levantada pelo governo brasileiro.

"O Conselho de Segurança da ONU tem de ter maior representatividade para impedir essa paralisia diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo", afirmou.

Segundo a presidente, sua crítica à ação americana estará no discurso que ela faz nesta quarta-feira (24) de manhã, na abertura da Assembleia Geral da ONU.

No último ano, a relação entre Brasil e EUA ficou estremecida após a revelação de que o governo americano teria espionado a presidente, assessores de seu governo e a Petrobras.

Depois disso, Dilma cancelou uma visita de Estado aos EUA, prevista para outubro. Em seu discurso na ONU em setembro passado, ela criticou a "grave violação de direitos humanos" representada pelo esquema de espionagem do governo americano.


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