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Irã culpa Ocidente por avanço de facção

Presidente iraniano, Hasan Rowhani disse que 'certas agências de inteligência puseram facas na mão de loucos'

Coalizão liderada por EUA volta a realizar ataques contra milícia radical Estado Islâmico na Síria e no Iraque

ISABEL FLECK GIULIANA VALLONE DE NOVA YORK

Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira (25), o presidente iraniano, Hasan Rowhani, acusou "certas agências de inteligência" ocidentais e Estados árabes de abrir caminho para o extremismo no Oriente Médio ao cometerem "erros estratégicos".

"Certas agências de inteligência puseram facas na mão de loucos, que agora não poupam ninguém" disse Rowhani, numa referência às recentes execuções de estrangeiros por extremistas da milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque --e, na quarta (24), também por um grupo ligado à facção na Argélia.

Segundo o líder iraniano, políticas erradas adotadas por alguns países ocidentais transformaram o Oriente Médio e a Ásia Central num "paraíso para terroristas".

"Todos aqueles que desempenharam um papel importante na fundação e no apoio a estes grupos terroristas devem reconhecer os seus erros e pedir desculpas".

As afirmações estão entre as mais fortes feitas pelo líder iraniano sobre o EI. O Irã, de maioria xiita, compartilha com os Estados Unidos o interesse em combater a facção sunita que tem dominado grandes áreas da Síria e de seu vizinho Iraque.

Sobre o programa nuclear iraniano, Rowhani disse que é possível atingir um acordo até novembro, caso os países do P5+1 (Alemanha, França, EUA, Rússia, Reino Unido e China) estiverem "igualmente motivados e flexíveis".

BOMBARDEIOS

A coalizão liderada pelos EUA voltou a atacar posições do EI nesta quinta.

Aviões americanos, sauditas e dos Emirados Árabes destruíram 12 refinarias de petróleo dominadas pela facção no leste da Síria. Os bombardeios mataram ao menos 19 pessoas.

Já a França destruiu quatro armazéns de equipamentos militares da facção perto da cidade de Fallujah, no Iraque. O ataque aconteceu um dia após a milícia argelina Jund al-Khilafah, ligada ao EI, ter decapitado um cidadão francês e divulgado a ação em um vídeo.

O governo francês disse nesta quinta que não descarta realizar ataques na Síria. A afirmação destoa do que Paris vinha anunciando, de que limitaria sua ação ao Iraque.

Após longa resistência a Turquia aceitou participar da coalizão contra o EI. Os avanços da facção afetam diretamente o país, vizinho de Síria e Iraque.

O Reino Unido, parceiro mais próximo dos Estados Unidos nas últimas empreitadas militares americanas, anunciou que também fará ataques aéreos contra o EI.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, levou a questão ao Parlamento, que deve aprovar nesta sexta (26).

Nesta quinta a polícia britânica prendeu nove pessoas em uma operação contra militância islâmica. Segundo as forças de segurança, não havia ameaça imediata, mas suspeitas de apoio a organizações terroristas.

"Essas prisões e buscas são parte de uma investigação sobre terrorismo islâmico", disse a polícia, em comunicado.


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