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Mãe de radical é retirada de julgamento

Brasileira Rosana Rodrigues, cujo filho integra Estado Islâmico, se desespera em audiência contra extremistas na Bélgica

'Você arruinou nossas vidas', gritou Rosana ao líder de grupo acusado de recrutar militantes para combater na Síria

DE SÃO PAULO

A brasileira Rosana Rodrigues, mãe do combatente belga Brian de Mulder, que faz parte da milícia radical Estado Islâmico (EI), teve de ser retirada do primeiro dia do julgamento de integrantes do grupo islamita Sharia4Belgium, que aconteceu na segunda (29) na Bélgica.

Durante a audiência, Rosana acusou o líder do Sharia4Belgium, Fouad Belkacem, de ter destruído sua família, segundo a BBC. O grupo é julgado por recrutamento de combatentes estrangeiros para facções radicais.

"Você arruinou nossas vidas", gritou Rosana a Belkacem, antes de ser retirada da sala pela polícia.

"Tudo o que eu quero para o senhor Belkacem é que ele vá para o inferno.", disse Rosana à imprensa, do lado de fora do Palácio da Justiça da Antuérpia. "Se acontecer alguma coisa com o Brian, vou persegui-lo [Belkacem] até a morte", completou.

Nesta terça-feira (30), Belkacem não compareceu ao tribunal para o segundo dia de julgamento.

Os promotores belgas acusaram 46 pessoas de envolvimento na rede de recrutamento. Destes, apenas oito estão na Bélgica.

Brian de Mulder é um dos acusados que não estão presentes no julgamento. Ele participa do EI desde 2013, atuando na Síria. A história de sua adesão à milícia foi contada pela Folha em reportagem publicada em 6 de setembro deste ano.

RECRUTAMENTO

O julgamento realça o status da Bélgica como terreno fértil para recrutadores de combatentes islâmicos. Acredita-se que cerca de 300 militantes combatendo na Síria venham do país.

Fouad Belkacem, 32, é acusado de ser o responsável pela ida de muitos destes combatentes ao conflito sírio.

Para o Ministério Público belga, ele era o "líder incontestável" do Sharia4Belgium. A organização foi fundada em 2010 e desmantelada por ação da polícia.

Se considerado culpado, ele pode ser condenado a mais de 20 anos de prisão.

Belkacem está preso atualmente por incitação ao ódio a não muçulmanos.

"As palavras de Belkacem só podem ser interpretadas como um chamado à violência e à jihad", disse a promotora pública, durante o primeiro dia de julgamento.

As audiências do caso voltarão a ser realizadas no dia 8 de outubro, com os depoimentos da defesa. As sentenças serão pronunciadas na mesma data.


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